A teoria é interessante: algum dia haveríamos de escolher (a estabilidade), por isso Quique fica. A roleta russa também segue esse princípio.
Depois do título de 1994 ( graças ao Prof. Queiroz, que vê o futebol como uma mistura de canasta com as memórias de um psicopedagogo), o caos instalou-se. Literalmente, o abismo. A força do FCP obrigou-nos a errar. Acontece. Sucederam-se emplastros diversos, até uma capela foi construída e destruída pouco tempo depois. Desorientação terrena.
O consulado de Vieira, que gere o Benfica como quem gere uma oficina, produziu os resultados esperados. Um ascensorista com laivos de astronauta de quintal não faria pior. Veiga, e depois Rui Costa, são alter-egos do mecânico desconfiado. As contas equilibraram-se, mas faltou um pouco mais de
azul ( pese a antiga e pouco saudável convivência com
esse cliente regular da justiça). Um presidente do Benfica que é sócio do FCP e antigo presidente do Alverca. Dirão que não há impedimento se houver caco e estratégia. Não houve sombra do primeiro nem rasto da segunda.
Uma fronda , pura e dura. Explicar aos sócios que estamos condenados a ganhar de dez em dez anos, se tudo correr benzinho. A alternativa é uma limpeza geral: dois ou três anos sem ganhar e depois ganhar sempre.
(cont.)