Mar Salgado

terça-feira, maio 19:

COSA MENTALE:

Agora gravam-se aulas sem o consentimento dos professores.
Muitos do que assistiram com satisfação à denúncia talvez não achassem tanta graça se fossem apanhados - gravados - a gabar-se do que fariam à mulher do chefe ou à filha da colega.
A liberdade tem muitos preços. Teria sido mais difícil incomodar a professora recorrendo a meios legais e honrados? Talvez, mas será certamente isso que desejamos para nós, não é?

 

posted by FNV on 1:13 da tarde #

Comments:

Espécie de «sanha persecutória...» esta que vai pelo ministério de educação... Continuo na minha nem com mil PIDEs «controlam» a liberdade dos «filhos de Deus» , mas pior é que nem com mil PIDEs desmeandram a teia desastrosa da camorra que nos governa desde um distante (próximo) 5 de Outubro...
Setubal, 19 v 2009, dia de meu pré... Querem que digam de quanto é? Minha declaração de IRS entrou certinha nas Finanças via net, soube há momentos.
Dom António Ferreira Gomes o disse de pé diante de homens, de joelhos ante Deus, por outra, quem não teme homens, só teme Deus... Mas haveria muito a desmeandrar desta cabala governamental que nos afunda!

# posted by  www.angeloochoa.net : 5:35 da tarde

 

Filipe,
Compreendo o seu argumento a propósito da gravação não autorizada, e aceitá-lo-ia se se referisse a uma conversa privada, mas não me parece razoável argumentar que a divulgação de uma conversa PÚBLICA, em contexto de sala de aula, com múltiplas testemunhas, seja uma violação de privacidade.

Por acaso também sou professor, e há algum tempo na minha instituição correram boatos a propósito da possível existência de gravações de aulas não autorizadas... Alguns colegas meus pareceram preocupados, mas a minha postura sempre foi a mesma: um professor tem obrigação de se comportar sempre em sala de aula de forma a não precisar de se envergonhar das suas acções. Se esse pressuposto é mantido, nenhuma gravação pode ser perniciosa.

# posted by  PedroS : 5:52 da tarde

 

Pedro,
Também sou professor ( ISMT), mas isso aqui pouco importa. O problema é outro. Você gravaria a aula de um colega sem o consentimento dele?
Se as pessoas se devem comportar sempre bem, ou não, isso é outra louça ( do meu ponto de vista, claro).

# posted by  FNV : 6:23 da tarde

 

Caro Filipe,

o meu argumento principal é o carácter público das afirmações, que as isenta de considerações que normalmente se aplicam ao discurso privado.


Dou no entanto a mão à palmatória: gravar uma aula de um colega sem a sua autorização seria uma falta de transparência: se o pedido é legítimo, não há motivo para não o informar. É uma questão de lealdade.

Mas o direito à lealdade é algo que se pode perder. Em concreto, não sei se a professora em causa merece a lealdade dos seus alunos: admito sem problemas que a porção da gravação que conhecemos é provavelmente a parte mais inflamatória, que pode estar descontextualizada, etc.. etc.... Mas não percebo em que tipo de contexto as afirmações da professora possam ser aceitáveis, e portanto admito sem problemas que alunos revoltados sintam que não devem lealdade a quem os trata daquela forma.

# posted by  PedroS : 8:19 da tarde

 

Caro Filipe,

Curiosamente não o vi "revoltar-se" com a gravação do famoso Smith... aí pareceu-lhe bem.

Miguel

# posted by  Anónimo : 9:18 da tarde

 

Só um pequeno problema: gravar palavras de outrem sem o seu consentimento é crime. Não me parece que o que se diz numa aula, para alunos determinados de uma turma determinada, sejam "palavras destinadas ao público". Público é, por definição, uma audiência indeterminada. Estou muito curioso por ver se essas gravações vão ser admitidas como meio de prova num eventual processo disciplinar. E, também, se o MP vai fazer alguma coisa (leia-se: um processo tutelar educativo) em relação à aluna que gravou as ditas palavras.

# posted by  PC : 9:25 da tarde

 

Ó Pedro,

Imagina que um professor joga ao berlinde todos os intervalos. Achas que é motivo para gravar a sua aula? E que tal fazer uma pequena investigação aos seus hábitos sociais? Parece-me que tens muito jeito para este tipo de casos, e por isso gostava de saber a tua opinião.

O conceito do "direito à lealdade" e sua posterior perda também está muito bom. Boas aulas e gravações (caso sejam necessárias como é óbvio, mas deixamos isso ao teu juízo supremo)...

# posted by  TCT : 9:37 da tarde

 

Caro Tornelo;

Não me revoltei nem apoiei. Vá aos arquivos se quiser.
Seja como for, a coisa pública é diferente de uma sala de aula, da nossa sala de estar, etc.

# posted by  FNV : 9:51 da tarde

 

percebo o teu ponto de vista, Vicente.

mas parece que já havia queixas há mais de três anos e a escola não parecia ter muito interesse no assunto, as crianças é que inventavam as histórias...

provavelmente a gravação tem a cumplicidade de algum pai ou mãe. mas se a professora respondeu da forma que respondeu às mães que apresentaram queixa, antes da gravação, só teve o que mereceu.

aquela tirada de "senhora doutora", em que se compara com as habilitações de uma das mães, deve envergonhar qualquer pessoa com um curso superior.

# posted by  Luis Eme : 10:18 da tarde

 

quanto ao público e privado, não vejo onde está o "público" numa sala de aula. que eu saiba, é perfeitametne enquadrável num domínio privado. a sala de aula não é uma conversa com megafone.

# posted by  josé ricardo : 10:26 da tarde

 

Milheiro: o que se ouve é desgusting, sem dúvida. Mas quantas coisas mais ouviremos se a moda pega? E quem decide o que ouvimos?

# posted by  FNV : 10:36 da tarde

 

como disse, compreendo os teus argumentos.

mas se não se utilizasse a "gravação", tudo iria continuar na mesma. e não encontro outra solução para desvendar o caso...

claro que estas coisas são deliciosas para uma comunicação social que precisava de mudar de disco, Vicente...

# posted by  Luis Eme : 11:01 da tarde

 

É como a tortura...por vezes é a única solução.

Espero que ninguém decida (afinal que é que decide?) aplicar-te estes correctivos finais. Já sabes, caso venha a acontecer, foi como compreenderás a "única solução" para evitar que tudo continuasse na mesma.

# posted by  TCT : 11:36 da tarde

 

Há quem não tenha percebido bem: a banalização da gravação clandestina, audio ou video, e a sua divulgação e aceitação como meio de prova, que com este episódio parece iniciar o seu caminho, é fenómeno muito mais traumatizante do que qualquer coisa que possa ser dita numa sala de aula por um professor. Aquelas crianças depressa se recomporão do que a professora lhes disse (só quem não conhece as crianças..). Mas a liberdade (de todos, incluindo a das crianças) pode ser amputada de forma irreversível. Se este perigo existe já na vigilância autorizada em espaço público, que mal ou bem vamos tolerando em favor de valores de segurança, o que dizer da mesma coisa em espaços privados e conversas ou aulas privadas (que não sejam enquadradas em situações normais de investigação criminal, claro). Porque, como é óbvio, uma aula não é coisa pública, ao contrário do que estranhamente diz o Pedro, que será o professor mais virtuoso do mundo, mas que eu não quereria a decidir nada na vida politica, desculpe lá o mau jeito. Isto é arrepiante.

# posted by  Unknown : 11:37 da tarde

 

É arrepiante, sim.
Aliás, os progenitores dos alunos, parecem ser uma grande parolada. Se calhar~, discentes e docentes estão bem uns para os oiutros.
E, não me parece nada inocente este incidente vir, neste momento para as televisões e ribaltas informativas, se o caso já tinha 3 anos... Claro, anda-se a falar da "educação sexual nas escolas" na A. R. e na possível disponibilização de preservativos a alunos MAIORES DE 16 ANOS, por gabinetes escolares sanitários especializados. É preciso lançar a confusão, o descrédito, a palhaçada. Claro que as escolas católicas e islâmicas (que coincidência gira!) estão contra.

Não acho louvável, nem nenhum melhoramento para a evolução humana, o início pré-maturo da actividade sexual (embora isto, como é óbvio, possa ser um continente não exclusivamente coital). No entanto, não posso deixar de ficar pasmada com programas com infantes a cantar, de 8 e mais anos,
em concursos de horas tardias, onde os animadores perguntam logo pelos namorados e outras gracinhas. As letras dos fados e canções interpretados, são dentro das mesmas temáticas, para mais adulto, ainda. Note-se que é um programa de grande audiência, com fofinhas e queridas avós e manos pequenos na assistência. Então que queriam????
Queriam que as meninas e meninos dos actuais 16 anos (incluindo as etnias) bem incentivadas pelo meio social brinquem com o pirilau e a pombinha , mas não aprendam a desembrulhar um preservativo? É que essa instituição de çs rapazes irem às putas aos Sábados, já era!Agora só lá vão os casados...e bons católicos.

Quanto à aula gravada é uma sacanice, claro. Este post é honesto. Nem se sabe se os alunos provocaram a conversa com alguma rasteira de "problemas" da turma.

Filipe, não venha com a conversa dos nicks, porque grande parte da gente que aqui anda, eu não sei quem são e têm até perfis indisponíveis. Estamos pois, em igualdade de circunstâncias.

# posted by  hipericão : 1:00 da manhã

 

"É que essa instituição de çs rapazes irem às putas aos Sábados, já era!Agora só lá vão os casados...e bons católicos." Caramba, a certeza desta moça é todo um programa.

# posted by  Unknown : 12:51 da tarde

 

Sr. Zé:

A sua "boca" inclui uma gralha (çs/os) importada do meu comentário, que desconfio não tem preoaração para entender.

O problema é que, realmente, ainda andam por aí uns senhores cinquentões e se calhar até mais novos,que tiveram a sua iniciação sexual com pêgas); faz parte da arqueologia sociológica dos "bons costumes"; às vezes eram os papás que os levavam ao bordel, "para os ensinar a ser homens".
Logo, o acto inaugural de "ser homem" era comprar o corpo de uma mulher.
Entendeu alguma coisinha, agora?

# posted by  hipericão : 6:42 da tarde

 

“A sua "boca" inclui uma gralha (çs/os) importada do meu comentário, que desconfio não tem preoaração para entender.” Se quiser, como sou de tempos pretéritos também posso corrigir gralhas “importadas”. Todavia, o que eu não queria mesmo é que se zangasse comigo. E admiro muito estas convicções de mundo formatado com ideias inquebrantáveis à separa dos manhãs que cantam. Reparou que não corrigi “preoaração”? Não me quero precipitar. A idade refreou as imprudências.

# posted by  Unknown : 6:52 da tarde

 

“à separa dos manhãs que cantam”. Fustigue – me que eu mereço. Esta velhice … os dedos já não escrevem à espera dos amanhãs que cantam.

# posted by  Unknown : 6:58 da tarde

 

a idade, a idade...;))))))

# posted by  FNV : 7:53 da tarde

 

Tens rezão ó zé, mais ó rizonho Fil. Mas xicotádas é coisa muito hárde-córe. Haja dessência!

# posted by  hipericão : 2:37 da manhã

 

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