Nada de novo. Lembro-me de uma vez ter perguntado ao director da Biblioteca Pública e Arquivo Distrital da Horta, ilha do Faial, pela documentação do século XVII, já que presumia que uma das naus aí naufragada em 1615 teria deixado lá documentação cabonde, à semelhança da riqueza documental que ostenta o Arquivo de Angra.
Candidamente, foi-me respondido que, na década de 60/70, o então director fartou-se de ver uma sala cheia de papelada que vinha desde o século XVI e mandou toda para a fábrica de polpa de papel...
Isto sem falar nos documentos únicos, orginais, que todos os dias se esboroam nos dedos de quem os consulta, por os mesmos não estarem microfilmados nem digitalizado - assim, de repente, lembro-me do Arquivo Histórico Ultramarino, da Biblioteca Nacional, do Arquivo Geral de Marinha, da Biblioteca da Ajuda, da Sociedade de Geografia de Lisboa (a única que requer - e fornece - luvas aos investigadores), a maior parte da Torre do Tombo (com a honrosa excepção dos Corpos Cronológicos que me parece estarem quase todos digitalizados), etc.
É verdade, Alexandre, isto acontece. Mas não deixa de ser forçada a comparação: os programas comunitários desaparecidos dizem respeito ao aproveitamento recentíssimo do dinheiro público ( empreitadas e coisas assim) .
hhmmm... FNV, isto que vou dizer não abona muito a favor das minhas preocupações "cidadãs" como diria o outro, mas aquele episódio da Horta relatado pelo Alexandre deixou-me mais "doente" do que essa cena do desaparecimento dos papeís dos programas comunitários.
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