Lá vão os peregrinos. Sacrifício, fé, esperança. Temperos. Cruzei-me com eles ontem. Num café de beira de estrada. Ao balcão, rapazes e raparigas de outro mundo. Os peregrinos não se importaram,não apedrejaram, não cuspiram. Estes peregrinos, esta Europa. Fazem pouco deles em vez de lhes agradecer.
Ó FNV, eu conheço aquela peregrina que está a beber um carioca de limão; vai a Fátima pedir à nossa senhora que livre a sua filha de casar com um certo rapaz do outro mundo lá da terra ;)
Não sei o que aconteceu a este blog, mas os últimos 2 textos são terríveis. Moralismo de costumes e beatice diluida. Digo-o com desgosto de leitor fiel, sem ódios. O que vale é que ainda temos os posts sobre a história da criminalização das drogas.
Eu cá gostei bastante dos últimos dois posts e já estou a afiar o dente para a série "diário de costumes" em livro. Instantâneos mais ou menos comentados, mas sempre muito bem apanhados ao tumulto do quotidiano. Gosto da técnica e do estilo. Espero que continue.
Só para chatear, é assim: Todas as ideias que alimentamos sobre o fenómeno têm de passar por um teste a que raramente nos prestamos. Ir lá, num dia assim. Experimentar entrar na mole humana. Observar. Ouvir os milhares e milhares de vozes, ou então o silêncio (tão desordenador quanto um motim). E no meio daquilo agarrar o abstracto, que paira, denso e palpável, com a nitidez de uma coisa corpórea. Tudo se passa ao arrepio do nosso guião. Ou se foge, ou se fica. Não há cá –ismos. Nem coerção comicieira. Há o exercício da liberdade pura. Depois, as ideias até podem prosseguir no papel, inalteradas. Mas o que vos garanto é que nunca mais se torna a olhar para aquilo da mesma maneira.
Yá, Teresa. Eu senti mais ou menos isso no concerto dos Stones, em Coimbra, há uns anos, o tal abstrato que paira e tal. Fiquei mesmo lá ao pé do altar, a meia dúzia de metros do Mick Jagger, e ainda não me passou o arrepio.
Ya, caramelo, tem tudo a ver. Quando eu ia aos Jazz de Cascais era a mesma coisa: - euzinha, mesmo ao pé dO Miles Davis ou dO Gato Barbieri! Peregrinação anual garantida Ao Jagger tb. O ouvi, mas foi da varanda de casa. Tá a ver? Uns copos, um boi, uns bons binóculos. Na era pós-jazz de Cascais fica-se assim! :)
Nada como um caramelo para uma boa pedagogia, a pensar nos demais caramelos Obrigadíssima!
O meu último comentário era para o FNV. Tás a ver como a Teresa é bacana? Se bem que para ver os Stones de binóculos mais valia mais ou menos colocar um disco e sentar no sofá, enfim... Mas o que é que a gente estava a falar? Ah, pois, catano, ali no meio do recinto da cova da iria até eu me passava no meio da multidão só com o badalo do sino, quanto mais o a treze de maio na cova da iria! E o Miles Davis já devia ter sido santificado e o Jagger beatificado e mai nada! Estiveste lá, ó FNV?
Um cancrozito, pá, e deixas-te de graçolas. Ainda hás-de ir a Fátima a pé, pá, e 'acabar' de ler os Irmãos Karamazov. A vida a sério é fodida, pá. O FNV para psi surpreende. Deve ser de ler os Moralia. De Plutarco, esse autor beato.
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