Conta Rafia Zakaria, no mui indiano Frontline, que apenas jornais noruegueses noticiaram a estranha morte de Samira Mounir : caiu na linha de um comboio, nos súburbios de Oslo. Samira há muito tempo que era ameaçada pelos cães-de-fila do costume, não obstante ser cidadã norueguesa há mais de vinte anos e ser membro do City Council de Oslo. O crime de Samira, para a comunidade paquistanesa de Oslo ( e não só) , foi o de ter denunciado as pressões que as jovens norueguesas, quase crianças ainda, de origem muçulmana sofrem no sentido de perpetuar a tradição de obediência e subalternidade à retórica do hijab ( o véu islâmico). No verão de 2005, uma publicação Urdu, com o título Iblis ki Aulad ( Os Filhos de Satã) e editada pela All Pakistan Muslim Association, dispendia os habituais despautérios sobre a moral ocidental ( neste caso norueguesa), declarando que todas as crianças norueguesas eram "ilegítimas" porque concebidas "aqui e ali".
Agora, em Atenas, é o tumulto porque um polícia terá pisado o Corão. Façam as vossas contas. Eu fiz as minhas, incluindo as do silêncio cúmplice com que os chefes protestantes, como os católicos, receberam esta acusação fanática.
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