Por motivos que a comunidade científica ainda não logrou descortinar, a mulher automobilista não permite a ninguém a entrada nas bichas, nunca cede prioridade e odeia doentiamente o pobre motociclista.
Uma dica: Abra a janela, ponha o braço de fora e tente o contacto visual com a energúmena. Se ela fingir que não está a ver, dê um brevíssimo toque no klaxon. Uma vez ganha a atenção da azelha pesporrenta, faça sinal que quer entrar na fila, sublinhando com um sorriso humilde. Em geral, essas foragidas da cozinha anuem.
Ó VLX, esta de reservar o monopólio da azelhice às mulheres está para aí uns 30 anos fora de tempo! Era bom era! E a quantidade de homens tansos ao volante que por aí anda? Não me diga que não nota! - Vai um passeio por aí a marcar o sexo dos atadinhos e dos espertalhões? (sim, sim, este 2º estilo aparentemente desenvencilhado esconde verdadeiros tótós, espécie de 'cozinheiros suecos' das estradas dos nossos dias. Está a ver a cena? Panquecas para o ar, e tal e coiso, e nenhuma na frigideira?) - Ou vai um tuningzito, para arrefecer esses ímpetos sexistas? Conheço umas tantas senhoras prontas a medir forças, desde que seja com um cavalheiro, claro (e eu não revelo este presente deslize no seu cv :):)
O contacto visual é impossível. Nunca o consegui, nestas situações. Parecem estar sempre zangadas.
Teresa, entendeu-me mal. Existem inúmeros azelhas masculinos ao volante. Eu refiro-me apenas às situações que descrevi. Aí a mulher bate-nos aos pontos.
Está bem: -por razões muito óbvias que nada têm de genético, as mulheres eram por norma mais ataditas ao volante. Mas agora, sejamos honestos. o 'paradigma' mudou! Pode achar-se que a condução feminina é mais calma, ou diferente, ou coisa assim. Pessoalmente, acho que não, as mulheres têm conduções muito diversas. Evidentemente: - há muitas que levam usualmente lá dentro os filhos ou os netos, têm de fazer os enervante deveres de apoio à casa, com pára-arranca em cada estação da via sacra e, depois… claro, ao fds ou na estrada é o ‘homem da casa’ que conduz. Mas isso diminui essas pessoas? Acaso acreditam que sim, elas têm uma carta de 2ª?! Eu, entretanto (e como eu, muitas outras mulheres), não me reconheço em nenhuma das vossas caricaturas. Cedo prioridade quando é inofensivo fazê-lo; ando na mecha; estaciono o carro à 1ª – ou, se não conseguir porque o lugar enganava, arranco até ao próximo buraco. Não sou exibicionista, odeio perdas de tempo, não suporto gente que não faz piscas (homens, na maioria!) e odeio em particular os condutores com duplo gene (tótó-chico esperto), que circulam sistematicamente pela fila exterior das rotundas, para sair apenas na 5ªa ou 6ª ‘cortada’ (regionalismo, eu sei). Possuo, no entanto, um atavismo feminino lendário (deliciem-se): tenho péssimo sentido de orientação! Mas tb.conheço outros homens que têm e disfarçam à grande... Renovem-se, meus senhores! Habituem-se a ter de dividir a estrada com pessoas que não têm as mesmas acções e reacções, e representam mais de 50% da população! Já não há só um cânone, e muito menos um cânone feminino ou masculino. Há de tudo.
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