A favor: o caractér anómico, crente e deprimido. Albergamos uma enorme dose de crença A antiga estrutura rural e católica entrega o fermento da anomia. As revoluções, feitas em nome do povo e para o povo, foram sempre feitas pelos eléctricos das cidades ( talvez com a excepção do tumulto taborita). Assim foi na Rússia, na França, na Inglaterra, na Itália. A estrutura rural e católica, no nosso caso, nos séculos XIX e XX, constitui-se assistente nos processos. A crença religiosa pode ser um factor de mobilização? Pode, se , como vemos no Islão radical, uma elite desencantada ( Bin Laden criava cavalos de corrida, Zahiri é médico) a conduzir. Esta carruagem não existe entre nós. Os cardeais, os bispos e os padres há muito aceitaram a secularização. Resta-lhes mandar nas poucas consciências sobreviventes. A crença messiânica de Bion encontra em Portugal o equivalente sebastiânico. A crença, essa psico-imobilização ( salvo nas condições referidas anteriormente) de gema, está também ligada à anomia. Um bom exemplo é a leitura que António Quadros faz de um Camões - Fazei, Senhor, que nunca os admirados / Alemães, Galos, Ítalos, e Ingleses / Possam dizer que são para mandados, / Mais que para mandar, os Portugueses - precavido contra "um complexo de inferioridade que mais tarde desceria sobre o nosso espírito empobrecido". Quadros maneja um calendário, um "antes" e um "depois". Veremos.
Hummm, 'esta aqui' promete. Cara: Diário de Costumes, Coroa: Portugal Royale? O período de nojo eleitoral afinal tem as suas vantagens (E a zizânia que para aqui não iria?) ;)
vejamos, mas o termo existe ('nojo', em linguagem jurídica = luto, afastamento, distanciamento). A graça está na ambiguidade, que fica deliciosa em certos contextos;)
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