Os Street Boys Motherfuckers da Bela Vista querem assaltar caixas multibanco, gasolineiras e outras dependências, sem serem alvejados na cabeça. É justo e bom para a saúde. Se eu fosse um deles quereria exactamente o mesmo. A polícia compromete-se a só atirar para as pernas ( o abdómen também não é bom de assoar por causa da septicemia generalizada) e fica resolvido o caso social da Bela Vista.
Acrescento: o Nuno a treinar os polícias para garantir que jamais, em caso algum, no decurso desses sossegados convívios, um assaltante seja baleado na cabeça. Deve ser fácil.
Entre o jamais e o sempre vai uma distância considerável. Pensemos no que é mais importante, as pessoas ou as caixas multibanco, e encontraremos a medida justa.
Se forem No Name Boys já não contem comigo para moderação. :)
Eu, por acaso, tinha pensado em lançar manuais pejados de boa compreensão e bons modos, porque afinal nunca há criminosos, mas tão-somente vítimas de uma sociedade capitalista, como aqueles pobres meninos do “gang da lapa” de “dedo em riste” em pleno Tribunal, edifício odioso e repressivo.
O que é facto é que as nucas dos assaltantes portugueses parecem ter um efeito magnético de atracção às balas dos polícias superior à da maior parte dos países (incluíndo os EUA). Como já tiver oportunidade de lembrar neste blogue, no caso da GNR, é o próprio Inspector Geral da Administração Interna que acusa.
Quanto "querem assaltar [...] sem serem alvejados na cabeça." estão no seu direito constitucional. A polícia só pode disparar, seja à cabeça ou às pernas, para defender integridade física. Não pode fazê-lo para punir nem para impedir um suspeito de fugir.
“O que é facto é que as nucas dos assaltantes portugueses parecem ter um efeito magnético de atracção às balas dos polícias superior à da maior parte dos países (incluíndo os EUA).” Gostei muito deste comentário, até do “incluíndo”. É uma informação precisa e nada demagógica. As vítimas vão ter de esperar, em prol do “motherfucker não sei o quê”. Parece que a criatura está indiciada por assaltos com refinada violência, mas é muito bom rapaz e está pesaroso pela morte do amigo. A culpa é, seguramente, desta sociedade que não o acarinhou e, obviamente, do professor de ginástica que não lhe queimou as energias nas doses necessárias. As raves e quejandas não servem esse propósito. Então ficamos assim.
O problema parece ser do cimento e das casas alinhadas. As barracas de madeira, desalinhadas e com telhados de zinco é que resolviam o problema. Os esgotos a correr a céu aberto perfumava o ambiente. Maldito betão e malditas fechaduras que os encerram...e ainda por cima tudo pago pelo freguês esfolado pelo fisco por um lado e pelo assaltante pelo outro.
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