O novo programa de JPP, equivalente a uma coluna de opinião no DN ou no CM, causou urticária acentuada. Por exemplo, aqui e aqui. Estes mesmo pacientes, na semana passada, defendiam vigorosamente a liberdade de expressão, se bem me lembro, a propósito de loiras. Ou de coisa parecida.
Se é assim tão insuportável, por que razão causa tanta urticária e queixas à ERC? Simples: Porque é tempo de antena e propaganda, travestido de programação normal.
Não está transvestido de nada, bastava ter visto o programa desde o início. As pessoas estão é muito mal habituadas, todos influenciam e opinam, com a diferença que não assumem a sua parcialidade (como JPP fez) e, pior, transvestem-se, esses sim, de uma ilusória independência que ninguém tem, muito menos aqueles que pretendem tê-la.
o programa de 15' do JPP, ainda por cima com a excelente evocação de Vitorino Nemésio, é um óptimo contributo para a «dinamite cerebral» de todos nós... finalmente alguém a apelar ao inconformismo e à contra-corrente! gosto. muito. mas acredito que provoque urticária, ainda bem. o canal é privado, parece-me, e o homem explica que aquilo é opinião, opinião, opinião e opinião... diferente de algumas peças jornalisticas da televisão pública que reproduzem sem qualquer pudor a voz do dono como se fossem a verdade, a verdade, a verdade e a verdade... habituem-se, diria vitorino.
José Serra: isso. E se refilam muito qualquer dia não há mais nada para consumir senão sequelas de Oprahs e Phills e programas 'consensuais' do género.
Caro FNV, é engraçadíssimo ler os links que colocou, logo das pessoas mais indicadas para o fazerem (para além do enorme mau gosto de CAA). E estranho sinceramente não haver na blogosfera dita de "direita" uma defesa mais forte de JPP (n que ele queira ou precise, mas sinto uma constante antipatia..) - o que, para mim, simples leitor, diz muito acerca da perda de qualidade desta.
Teresa, seu eu disser que a Oprah é melhor do que o programa do Pacheco, que prefiro a Oprah ao Pacheco, que é mil vezes mais útil e inteligente a Oprah que o Pacheco, estarei a cometer alguma falta de etiqueta democrática? Não quero meter o pé em falso, sobretudo tratando-se do Pacheco. Convinha mesmo que se estabelecesse um protocolo para a critica à pachecal figura.
Caramelo! (já me vou habituando a acabar a noite a "discutir" consigo...) Nada disso! (o que eu disse). Mas qual etiqueta, qual quê! Quer coisa mais democrática do que os seiscentos programas e canais de televisão que por aí há? Se prefere Oprah, força;) Eu cá não, prefiro ouvir coisas muito mais normais. Como o PP, pois. E os pratos frescos de debate e informação que a TVI 24 serve (bendita seja). E o House. E o Prision Break. E a Gray's (para lavar os olhos com o Dempsey, vê... estou melhor servida que você com a Oprah). E a Paulinha no CC da 2. Com o Eixo é que não posso mais, deixei de ver. Perdi totalmente a curiosidade (é como o futebol, não me interessa nem a performance nem o resultado.) Em resumo, o protocolo com o PP é o seguinte: - mude de canal! Ninguém nos obriga a ver, certo? Eu agora também mudo logo quando às segundas-feiras chega a lavadeira de Caneças, aquela que fez uma reciclagem nas novas oportunidades e é doutora e tudo. Patético. Mesmo que aí o caso seja mais grave por se tratar da televisão pública.
Teresa, mas você já viu a Oprah? É bem divertido e estou sempre à espera que me calhe a mim um daqueles carritos ou casitas suburbanas. Mas o meu comentário era bem intencionado e não o percebeu. Queria eu perguntar de que forma haveremos de criticar o Pacheco sem que ele corra o risco de desaparecer. Não quero que ninguém fique sem o Pacheco. Eu, do Pacheco, só me interessa a papelada da Marmeleira, mas não quero que ninguém fique sem as opiniões do Pacheco. Eu tenho até receio que se estiver a ver o Pacheco e mudar de canal, o Pacheco desapareça. Era isso. Em suma, como haveremos de criticar o Pacheco, sem atentar contra a liberdade de expressão do Pacheco, essa papoila delicada e frágil?
Estou a brincar, isto são só mais ou menos exercícios de estilo; acredite que é um prazer “discutir” consigo. Só tenho pena que não goste do Julien Clerc ;)
Mmmm, o PP uma papoila... E se ele tivesse uma plantação lá na Marmeleira, han? E se fizesse os programas meio pedrado? Isso é que era. Dava um bom tema alternativo para este tédio que são os dias pré-eleitorais. Não percebo nada do que quer dizer com a delicada matéria da censura a PP, eu a si não me preocupava nada. A crítica é o húmus de que ele se alimenta, logo a crítica à crítica cabe inteiramente no protocolo (desde que não fale de loiras e no geral não deixe estalar o verniz). E você a dar-lhe com o tal cantor com nome de supermercado!! Não acredito nem por um minuto que goste daquilo, é tanga;) (é verdade, aproveitando estar aqui nos baixos dos posts antigos... já reparou que o FNV quebrou o voto de castidade ao comentário eleitoral? ;);) Eu se fosse ao Moniz convidava-o para um painel na TVI 24;), mas que mania só convidarem lisboetas!)
Teresa, pode não acreditar, mas gosto mesmo daquela canção do Julien Clerc que lhe mandei, acho-a muito bonita. Essa gosto porque é bonita, mas gosto de ver franceses a cantar e a dizer seja o que for, nem que seja o dono da padaria de Carcanhois-Lá-Bas. Tem de ser é do tempo do Pompidou, gajos de boné. Também acho que seria boa ideia convidarem o FNV para aparecer na televisão. Mas para recitar o diário dos escalópios. Em francês. Vejo pouca televisão e o meu programa favorito até é o Cops, aquele que passa no Fox Crime, com policias e ladrões a sério, aquilo é malucos que é um poder de deus. Programas de gajos a falar raramente vejo, acho uma seca, tanta opinião, tanta opinião, gajos sentados a uma mesa a dizerem uns aos outros o que acham das coisas, seca do catano. Gosto do Bruno Aleixo. Ainda passa? Gostava de ver o Bruno Aleixo a entrevistar o FNV, estamos aqui com o Filipe do mar salgado, ó Filipe, o que é isso dos encalópios, é uma droga que tu fumas? E a Anatomia de Grey, por causa da louraça gira. E os bonecos amarelos. E nunca suportei o Seinfeld, já quase andei à bulha com amigos por causa desse canastrão, e não gosto dos Sopranos, nunca vi, aliás. Bruno Aleixo é que é.
A Cops não aprecio. Ainda se fossem copos... Mas nada de copos de 3, falo dos de prova, tipo aqueles do Siza. É que não se fica com pose de alcoólico. Do melhor, para um bom Cabernet-Sauvignon ou então um Chardonnay geladinho...han? (marchava). (e lá consegui eu meter o francês, já começa a dar-me seca esta coisa...) Olhe: - o Bruno Aleixo (que para mim fala exactamente com a entoação do Marcelo, ele há cada coisa maluca) é cá do burgo, sabia? Por aqui é quase tudo bom, claro, o PP é que é um grande cegueta e não é da mesma opinião. Mas eu compreendo-o lindamente. Por vezes, eu própria também não sou da minha opinião.
Se eu sei que o Bruno Aleixo é cá do burgo? Sei pois. Mas é mais dos arrabaldes do campo. Pelo sotaque, vive ali para os lados de São Silvestre, ou coisa assim. Essa do cabernet, não sei, não sei distinguir o Cabernet de líquido anti-congelante (sei pois), mas mesmo assim insisto de vez em quando em participar numas provas cegas de vinhos que a malta faz. copos e sacarrolhas e narizes tudo apurado, menos eu. Eu gosto de vinho bom, mas não sei apreciar castas, nem descobrir os tons de carvalho com amora e coisas assim. As minhas notas de prova são obras primas do surrealismo vitivinicola, do mal o menos. E Não me goze, que gozado já sou eu o suficiente. Mas gosto mesmo de vinhos bons e à pala dos meus amigos já bebi meios copos de Vega Sicilia e coisas assim de alto calibre.
Gozá-lo, eu?! Vou-lhe contar um segredo: os homens têm a mania, mas não percebem grande coisa de vinhos. Mais de metade daquilo é pose e artifício. As mulheres são mais honestas e têm muito mais "nez" (e olhe que não estou a incluir-me no grupo). Além disso, têm o detestável hábito de considerar qualquer vinho velho (daqueles divinais, de cores Vermeer) como "passado". E eu desolada a ver a garrafa a voltar para trás no restaurante ;( Não há muito tempo fiz um cursillo de vinhos com um enólogo e comentador bem reputado na praça nacional. Adorei e diverti-me à brava. Obviamente, o que eu aprendi mesmo foi que não percebia rigorosamente nada do assunto e paguei caro para fazer a descoberta ;). Mas gostei de estar sentada ao pé de uns gurus locais, donos de lendárias garrafeiras, e de perceber que, manhosamente, se remetiam ao silêncio na fase participativa (os quiz do costume "diga lá que notas descobre")). Mas no cursillo fiquei a saber que esses cabernet-sauvignon e chardonnay têm uma boa produtora nacional (Fiúza). E que há um espumante aqui bem perto que é um deleite, trinta vezes melhor que os Vértice e Murganheira e coisas do género. Pensava eu que conhecia tudo quanto eram caves da região... mas esta (que sobretudo exporta) passou-me ao lado e digo-lhe: foi uma verdadeira revelação. Bruto (nem fazem outro!), sem açúcar, pouco gás e nada frutado: um seco dos 4 costados ;). Desde então é fatal: meia hora de carro e nada de ir ao supermercado. Tenho sempre uma no frigorífico: - para mim é o melhor aperitivo do mundo. always before, never afterwards.
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