Observei-a no café. Na esplanada. Ignora-me sempre. Já é a terceira vez que para lá vai meia nua. Chega-se à frente na cadeira e ajeita o decote. As pernas nem encontram o projecto de saia. Uma cabra. Estas mulheres estão a ficar todas umas cabras. Razão tinha Tertuliano. É necessário pensar o modelo. Não lhes chega um homem de cada vez, a carreira, a merda da carreira, os filhos, os ranhosos dos filhos.
FNV: um penduricalho de trazer ao peito demasiado fervoroso, parece-me. E recorrer a Tertuliano não favorece a tolerância, acentuando até um certo rigorismo... eh eh eh.
Mas o meu amigo escreve bem (no conteúdo e na forma), apesar de generalizar a todas as mulheres aquilo que apenas é apanágio de uma certa fauna que por aí anda. Aquele mostrar de mamas e de coxas, aquela indiferença altiva de quem não precisa de cumprimentar - quanto mais de olhar -, aquele cio por macho e avidez na carreira esconde muita coisa,in primis a fragilidade do envelhecer. E quando o verniz estala...
Percebi, Filipe; e o meu comentário era mesmo para o Encólpio... eh eh eh... E se ele quiser ser ainda mais beato bem pode citar o Orígenes, que levou à eviração a sua recusa em admitir que tais cabras o atraíam em demasia. O Tertuliano ao pé dele era um infante imberbe a remexer na pilinha. Não sei se o Encólpio sabe mas para cada mulher que se mostra há sempre um homem que adora perscrutá-la: exibicionismo e voyeurismo andam sempre de mãos dadas.
Ps. Acho fantástica a ideia desta diário! Boas escrevinhadelas! zé serra
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