A minha rua. À esquerda, uma república de javardos simpáticos. Quando estão quietos, escarafucham as unhas dos pés ao sol, quando a estamina lhes morde, armam um banzé nocturno e deixam a rua emporcalhada para dois dias. Em frente , um liceu de garotos alegres e microcéfalos. Mais abaixo, velhos reformados com sonhos simples: golear os diabetes, as isquémias e os assaltos. No topo da rua , uma merceeira que podia ser ministra. Quando as grávidas lésbicas, os laçarotes das offshores e demais evangelistas da minhoca se forem embora, ainda cá estaremos. Nós, os da minha rua. Sempre.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.