Ela contou-me: "Descobriram-me um cancro na mama. Na semana seguinte, o meu marido, depois de 24 anos de casamento, pediu o divórcio". Ela voltou a casar, não sei se ainda tem as duas mamas. Isso não percebi bem. Gosto destas histórias simples. Quando for grande hei-se escrever uma. Não me vou embora sem vos dizer isto: há sempre alguma coisa que morre.
Simples as histórias, ou as narrativas que delas ex post se fazem? Também eu gosto das histórias simples que as narrativas lineares deixam acreditar que existem.As histórias que nos contamos...
“Ela voltou a casar, não sei se ainda tem as duas mamas”. Excelente. Nem me interessa muito o destino do “desertor”. Só fazem falta os que cá estão. Longa e feliz vida à sobrevivente.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.