Sempre que a gente pensa que os dirigentes desta gente bateram no fundo, eles dão com um alçapãozito. Não gosto de bater em quem está rojado no chão, junto à valeta das ruas da amargura, mas como eles não teriam esses pruridos, permito-me um pontapé ou outro antes de me ir deitar sossegado.
O espectáculo das eleições em causa é magnífico. Não percebo aqueles associados. Deixaram-se tomar pelo personagem. Ele não ganha. Só promete. Torra milhões como torradas. Dirige o clube como se fosse bem próprio, como se as eleições já estivessem ganhas, contratando e adquirindo à larga. Insulta os adversários internos como se de inimigos se tratasse. Recorre a artifícios impróprios da tradição e honra dos melhores do clube, antecipando eleições, impedindo a normal funcionamento da instituição. E está tudo sossegado, os associados nem reclamam!
Eu não os percebo, embora partilhe alegremente do seu sossego e não me passe pela cabeça reclamar.
Quando o Papa cair da cadeira de praia e começar a guerra pelo poder nas Antas (que antevejo ser assunto para vários anos...), cá estarei para apreciar o espectáculo. Não de uma forma tão atenta e interessada, certamente.
Sem dúvida. Aliás, ainda me lembro, quando Pinto foi condenado por tentativa de corrupção, ficando impossibilitado, durante dois anos, de "botar sentença" na comunicação social, de ver todos os sócios e adeptos do FC Porto a cuspir para o ar. Temos claramente uma lição a aprender: da próxima vez, em vez de interpretarmos os estatutos, violaremos directamente a lei. Se funciona com o FC Porto, funcionará certamente connosco. Ah, espere: mas nós não somos, não queremos ser e jamais seremos sequer parecidos com o FC Porto. Privilégio vosso, certamente.
Mais: macacadas são os actos perpetrados pelo Macaco. Conhece? Ainda há uns tempos, foi uma pastelaria à vida graças a esse senhor. Foi uma pena não termos lido, nessa altura, nada com a elevação destas suas "macacadas". Não era um assunto digno de comentário, certamente.
Filipe, para mais tarde recordar, quando dissertares sobre Palermo:
"O candidato Bruno Carvalho denunciou o clima de intimidação à volta das eleições do Benfica que se realizam esta sexta-feira, o que o obrigou a ser escoltado pela polícia no momento em que exerceu o seu direito de voto.
O adversário de Luís Filipe Vieira neste acto eleitoral teve de entrar pela porta dos balneários do pavilhão nº2 da Luz, tendo depois falado com os jornalistas e abandonado de pronto o recinto."
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