Os socialistas e os súcias que nos mais diversos blogues esperam e aguardam benesses e recompensas pela fidelidade canina não estão a ver bem a coisa: é tudo uma questão de credibilidade. E os portugueses não são burros: se lhes apresentam, de um lado, a versão de Belém, e, de outro, a versão de S. Bento, por mais latidos que sejam dados os portugueses sabem bem ver de que lado está a verdade. E realmente é mais fácil acreditar em alguém que tem uma vida pública, longa, transparente e sem problemas, do que naquele cuja vida, apenas distraidamente folheada, é uma confusão de confusões, trapalhadas, bizarrias e situações inexplicadas. Sócrates queixa-se de Belém. Eu acredito mais no silêncio de Belém do que nas patacoadas de Sócrates. E a maioria dos portugueses também, tenho a certeza.
Qualquer português desconfia de quem se licenciou num domingo. Gostaria de o fazer, mas desconfia de quem o conseguiu. A isto, que já não é pouco, acrescente-lhe todas as bizarrias muito originais do percurso de Sócrates: as pessoas não o seguem por nele acreditarem ou confiarem ou sequer considerarem que é de confiança e confiável, as que o seguem fazem-no por medo ou por interesse. Isso é muito pouco, ele vai cair não tarda nada.
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