Entre 1721 e 1795 três projectos de paz perpétua foram gizados. Saint Pierre ( Abbé), Bentham e depois Kant: Projecto para uma Paz Perpétua, Plano para a Paz Universal e A Paz Perpétua. Mas quem primeiro utilizou a expressão "paz perpétua" foi Nicolau de Cusa ( nascido Krebbs) em De pace fidei, publicado em 1453. A páginas tantas *, Pedro explica ao Persa os poderes de Cristo e garante que também os árabes reconhecem esses poderes. O Persa diz que sim, mas que " será muito mais difícil levar os Judeus do que outros a acreditarem nisso, porque eles nada aceitam relativamente a Cristo". Pedro responde dizendo que "a resistência dos Judeus não impede a concórdia, pois são poucos e não poderão perturbar com as armas o mundo inteiro". As Guerras Napoleónicas e a Guerra da Crimeia não pareceram importar-se muito com os tais projectos, mas as recomendações de "Pedro" foram proféticas: os judeus continuaram docilmente sem armas até 1948. Agora têm armas, e um país, já não são aniquilados, mas não pretendem perturbar o mundo inteiro.
* Edição Minerva/ Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras da UC, Coimbra, 2002.
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