O profitente George Smiley explicava que quanto mais pagamos por uma falsificação mais acreditamos nela. É humano e cabe na - também humana - tendência para reduzir a dissonância cognitiva. Festinger, um psicólogo social dos anos 50, inventou a teoria: tentamos sempre que os nossos actos concordem com os nossos raciocínios. O inverso é-nos penoso. O PS vendeu a imagem de reformista, mas entretanto veio a crise mundial para cima da nossa pobreza certa. Ficámos assim sem dinheiro para levar os carros da polícia à revisão anual, ou para a sobrevivência das universidades, mas com dinheiro para ir de TGV a Vigo buscar percebes. O desejo imenso de poder obrigou a fingir que a crise não existia, pois de outra forma as megalopatias não fariam sentido. Agora o PS promete megalopatias porque não tratou do essencial e porque não pode recuar; e porque quanto mais pagamos por uma falsificaçao mais acreditamos nela.
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