Isolamento salazarista e granel revolucionário: lá se foi meio século. O dinheiro da CEE, ( que julgámos ser para gastar como nos aprouvesse talvez como reparação histórica pela perda de Malaca e da Ilha de Moçambique): mais vinte anos de tripa forra. Veio a crise. O que se fez: costuras excêntricas ( não necessariamente mal feitas) - energias renováveis, novas tecnologias, liberalização de alguns costumes. Talvez a excessiva unidade linguística e religiosa, que anulou confrontos sangrentos e rupturas demolidoras, tenha impedido o desenvolvimento do espírito de cooperação. Os psicólogos sociais ( Moscovici e Doise, por exemplo) gostam de dizer que o conflito aumenta a possiblidade de se atingir um acordo. A ideia é que quanto mais discutirmos e divergirmos mais sólida será a solução escolhida. Isto explica por que motivo os tenebrosos planos jacobinos do século passado falharam espectacularmente. Mas também ajuda a perceber por que motivo um povo que cala as diferenças ( seja por conveniência, ignorância ou receio) exibe enormes dificuldades em conseguir soluções duradouras e ajustáveis à realidade. Espero que MFL não tenha medo de partir a louça nas semanas que se vão seguir. Pode custar-lhe as eleições, mas não lhe pesará o país.
Concordo consigo. O problema não é o compromisso, que tem sempre de existir, quando quem cede desiste ou, no limite, é eliminado. O problema é o modo como lá se chega. E aí de facto, a indisponibilidade para defender uma posição, seja por preguiça, seja por cobardia, seja por respeito, ou mesmo por razões afectivas, leva a soluções não suficientemente escrutinadas, que recebem uma adesão hipócrita ou no mínimo indiferente da parte de quem preferiu não se envolver. E em Portugal vive-se muito assim, dizendo mal e boicotando soluções que, talvez com ou pouco mais de envolvimento de quem nada disse, não seria muito difícil que fossem outras.
Por acaso noto que ninguém se atreve a exigir o "rasgar" da origem dum dos nossos maiores males: a lei da imigração e em especial da nacionalidade.500000 desempregados, 500000 imigrantes legais,n! nacionalizados, n! ilegais e cerca de 400000 RSI´s A quem se deve agradecer?
Olhe que não sei.Os reformados é que passaram a pagar(quem podia obviamente)para sustentar este estado social internacionalista.Mas já agora como economista deveria explicar-nos a nós ignorantes na matéria como justifica a sua douta opinião.Dos 500000 legais quantos estão a recuperar os "descontos" no subsídio de desemprego?Os extensos bairros sociais quem os pagou?É de contabilizar já os "filhos" no enriquecimento ou fica só para o futuro?Depois que descontos e riqueza propiciam vencimentos de 500 euros que afastam a boa moeda trabalhadora para trabalhos no estrangeiro por ser inviável a sua sobrevivência cá com os ditos 500 euros?Mas deixando o resto da família por conta da segurança social? Mas ainda bem que os ricos vão passar a ser obrigados a "mais solidariedade" através dos impostos para ver se aprendem a dizer não... Cá por mim todas as desigualdades devem acabar.Isso e as off-shores.Que é para toda a gente pagar...
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