O PM anunciou novos ministros em todas as pastas. Lá caiu por terra a lenga-lenga da necessidade de não estar sempre a mudar o pessoal político. A esta declaração sucedeu uma granada de fumo - "não é bem assim e assado"- que não adiantou grande coisa. A ideia é simples: não é basta sangue novo, quere-se uma transfusão completa. Um partido no poder apresenta-se como disposto a mudar tudo. Isto tem o seu interesse, pois atribui à promessa de alteração de nomes - não de políticas - um forte valor eleitoral . Já diz bastante sobre a mundividencia e sobre o respeito pelo trabalho de bons políticos. Há mais. A sede de apresentar uma novidade completa também indica o tipo de letra que dá forma à mundividencia. O partido no poder trata os eleitores como adolescentes interessados em cromos novos ou, dada a componente moderníssima da tal mundividencia, em novos gadgets electrónicos. Isto perverte o sentido do julgamento de uma equipa governativa. Vamos à luta a dizer que fizemos muito bem, mas prometo-vos que nos despediremos todos. Ou quase todos.
O tema era Educação. Pressupondo que há eleitores que votarão PS se houver mudanças, Sócrates dirige-se-lhes. Vai ser um novo Governo, com novo PM e novos ministros. No programa do PS lê-se que um objectivo fundamental do próximo mandato é «valorizar o trabalho e a profissão docente» e são enunciadas medidas concretas. E é Isabel Alçada quem começa a aparecer. A hipótese de mudança é verosímil. Já agora, na substância do tema, penso que o PS até apresenta propostas válidas para as escolas públicas. Que te parece?
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