Aqui chegados, e antes do país cair de podre, conviria fazer uma hierarquização e tentar apurar o que é mais grave:
- o Presidente da República suspeitar de que está a ser vigiado e escutado pelo executivo; - jornalistas de um jornal de referência recearem estar a ser escutados pelo executivo e evitarem contactos telefónicos; - outro jornal de referência apoderar-se (vá-se lá saber como...) de comunicações alegadamente trocadas por via electrónica entre colegas de outro jornal e publicar a notícia revelando a fonte da notícia dos colegas (sempre julguei que ocultar as fontes, quaisquer que fossem, era um princípio sagrado no jornalismo sério); - ainda esse outro jornal de referência utilizar o verbo "encomendar" relativo à fonte que terá fornecido a notícia (passará a ser assim para todas as fontes?); - a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, entidade dependente do governo, apagar em dez horas as infracções cometidas por elementos do PS, devolver as viaturas ilegais apreendidas e perdoar as coimas, ou - um assessor soprar uma notícia relevante a um jornalista?
Filipe, Vi o jogo e não me apercebi de nada. O Amorim entrou na 2ª parte e jogou pouco tempo. Quanto ao jogo estava à espera dos seus comentários. Jogaram qb. Podiam ter sido 4. O Ramirez é mesmo craque e o Felipe Menezes ( não o de Gaia ) tem boa pinta. Um abraço
Já agora convinha que quem fizesse essa hierarquização tivesse um pouquinho de honestidade intelectual, o que não parece ser o seu caso: - as alegadas infracções não eram infracções, pelo que não foram apagadas. Até o insuspeito Público o confirma. Mais uma vez, Vc elabora as suas posições através da leitura das manchetes do CM; - Vc não sabe se o PR suspeita do que quer que seja. O que sabe é que um assessor alegadamente transmitiu essa preocupação a um jornalista; - os jornalistas do suposto jornal de referencia só receavam estar a ser escutados pelo facto de o referido assessor lhes ter trasmitido essa HIPÓTESE. Em vários pontos do mail o jornalista refere o termo PARANóIA; - um assessor soprar uma "noticia relevante" ? Vc por acaso leu a posição e a descriçaõ detalhada e rigorosa dos factos, pelo provedor do jornal Público, Joaquim Vieira ? Informe-se melhor dos assuntos sobre os quais fala, porque mais berraria demagógica e apócrifa é que torna este país podre.
11- O Lima sugeriu-me que tratasse com ele (Lima) desta história por e-mail porque ESTÂO com medo das escutas.
12- Esta história só é do conhecimento do PR, do Lima, minha, do Zé Manuel Fernandes (que me pediu para não a contar a ninguém por enquento, mas que eu tenho que ta contar para tu te pores em campo com o conhecimento total do que estamos a falar). Peço-te por isso toda a discrição.
13- O Lima passou-me um dossier completo sobre este Rui Paulo.
14- Eu estou de folga, vim só ao jornal tratar disto e vou para casa. Estou sem computador em casa (a minha mulher levou-mo para o trabalho). Quando acabares de ler o e-mail PUDEMOS FALAR POR TELEFONE.
Ó malta, eu acho que o mais grave são as primeira cento e cinquenta coisas que vocês escreveram aí na lista. Eu próprio tenho andado com a sensação de que me meteram um aparelho de escuta no cérebro. E a sensação de ser escutado em simultâneo com a sensação de asfixia, deixam um gajo passado da mona! E agora, surgiu a sintomatologia da sensação de que outro tem suspeitas de ser vigiado e escutado. Beat that, Travis Bickle! Enfim, já a MFL tinha avisado que é muito grave que os cidadãos andem com essas sensações. E até que enfim, dizemos nós dois, que um politico, candidato a PM, mete na agenda, em destaque, a saúde mental dos portugueses. Vamos, portanto, ter antipsicóticos de borla. Malucos, votemos na MFL! Quantos somos? Logo se vê. Com licença, que agora vou ali esmagar uma aranha gigante com a cara do sócrates. Anda cá ao pai, bichinho.
Jerónimo. não encontro essa limpeza das alegadas infracções no que vc chama "suposto jornal de referência" mas vou dar de barato que o que vc diz é verdade. De todo o modo, quem dera ao país que todas estas situações fossem resolvidas em dez dias.
Por honestidade intelectual, corrijo o que você escreveu: o que eu sei é que um jornalista disse que um assessor lhe terá dito que o PR suspeitava estar a ser escutado ou vigiado. É levemente diferente do que escreveu.
Todo este clima, que se generalizou, é mau. Pelo menos para quem é escutado, não para quem escuta e respectivos amigos.
Convinha que o Jeronimo percebesse que "as infracções que não são infracções" quando imputadas ao vulgar cidadão dão SEMPRE origem a um processo (contra-ordenacional) no qual é ou não comprovada a prática da infracção. O resto é música. Má.
VLX, as alegadas infracções tinhama ver com autocolantes colados nos vidros das carrinhas, o que viola uma qualquer disposição legal. À conta disso a GNR aprrendeu três carrinhas. Depois alguém se lembrou que esa disposição apenas se aplicava a fins publicitários e não eleitorais, pelo que libertaram as referidas carrinhas. Acha que isto configura um tratamento diferenciado ? Concordo em absoluto com o seu segundo parágrafo, que é MUITO diferente do que escreveu no post original. Quanto ao último, já está a assumir que garantidamente há escutas. Ou seja, continua o circo da suspeição sem qualquer sustentação .
Jerónimo, recupero o que diz o Nuno. Até agora, a única coisa em Portugal que demorava apenas dez horas era a espera nos serviços de saúde. Agora há duas que demoram dez horas, esta última desde que preencha uns quantos requisitos até agora só divulgados entre alguns.
É evidente que o meu 2º parágrafo é diferente. Pois se ele se referia a coisa escrita por si depois de eu ter feito o post...
Não assumo coisa alguma. Comento notícias. Mas não lhe parece estranho que ninguém ache estranho que possa haver escutas deste tipo em Potrugal no ano 2009?
Nuno, lembras-te quando antes se dizia “essa é de cabo de esquadra”? Pois, naquela “esquadra”, pelo menos, já não deve haver desses a pensar assim como tu. Tu imagina que eu ia no meu carrito e um gnr me mandava parar e passava um papelinho em que se dizia que um gajo verde com antenas conduzia à velocidade da luz. Que faria depois o comandante do gajo com o papel? Mandava instaurar processo de contra-ordenação, à cautela, não se fosse dar o caso de eu ser um extraterrestre que infringiu as normas do código da estrada na minha nave espacial? Pensaria pelo menos dez horas, não? ;)
VLX, sobre o primeiro ponto, sugiro a leitura do brilhante comentário do caramelo,logo abixo do seu.
Quanto à questão das escutas em "Potrugal": o facto alguém lançar uma hipótese devia implicar que vamos todos falar dela como se fosse um facto, apesar de não ser verosimil ? Então nesse caso, e aproveitando a boleia do caramelo, eu afirmo aqui desde já que vi extraterrestes (dos verdes, com olhos grandes, dos autênticos) a assessorar a campanha de MFL. Agora se depois disto ninguém comentar este facto, o VLX não lhe vai "parecer estranho que ninguém ache estranho que possa haver " ETs "deste tipo em Potrugal no ano 2009?"
Está visto que desconhece em absoluto os meandros dos processos administrativos em Portugal. Quando tiver conhecimento de um outro qualquer processo contra-ordenacional, por caricato que seja (e ele há tantos...), resolvido pela ANSR em 10 horas ofereço-lhe uma versão de luxo do RGCO.
Nuno, o caso do extraterrestre foi resolvido em dez minutos. Aquilo das dez horas para pensar, era a brincar. E uma vez um gnr mandou parar o meu ferrari e acusou-me de conduzir charrete em auto estrada, porque confundiu o cavalino rampante com um cavalo a sério. Dois minutos e pimba, arquivado. Quero a tal edição de luxo do RGCO, já. Sempre quis ter uma coisa dessas para entrar nos tais misteriosos "meandros" a que só os imortais têm acesso. Mas já percebeu que o que fez a ANSR não é ilegal, não foi? Era esse o ponto principal do meu anterior comentário. Avancemos então neste caso concreto. Repare: estamos em campanha eleitoral, periodo que culminará num acto legislativo, momento essencial e decisivo de qualquer regime democrático, não é? Justifica-se assim, talvez, que o processo seja mais célere nestes casos, impedindo-se assim que se mantenham apreendidos instrumentos essenciais (os veículos) para a campanha. Talvez até dez horas para resolver o assunto, nestas circunstâncias, seja excessivo, não?
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