Os amores de Verão acabam com o Verão e enterram-se na areia, bradou, cavo e sonoro, Jerónimo de Sousa. Nunca aceitei que algo tão evidente tivesse de ser dito por tanto paizinho preocupado às suas filhas adolescentes. No meu tempo, naturalmente. Pouca coisa há mais subversiva do que um amor de Verão que afinal não acaba. Novembro bate à porta e o parzinho continua encontrar-se e a telefonar-se ( hoje com ajuda electrónica), para desespero dos papás que já vêem a vida a andar para trás. Pode ser que no Ano Novo, ou no dia de Reis. Unificar o proletariado é dividir a burguesia. E quem se enterra é o amor.
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