Escrevi isto há ano e meio e não retiro uma vírgula. Aconteça o que acontecer, a campanha de MFL mostrou que se pode dispensar o folclore, as promessas baratas, o cálculo manhoso, o culto da imagem e a vassalagem aos jornalistas. Muita coisa ficou por fazer, é certo, sobretudo o transporte desse estilo para o interior do partido.
Muita da inquietação - clima terrível, novo PREC, etc- pressentida não sobreviverá a Domingo. Os negócios terão de ser feitos, os acordos idem, os lugares terão de ser distribuídos. Os partidos do poder continuarão a ser geridos por pessoal profissional. Já há muitos à espreita. Como a estupidez é cíclica, daqui a dois anos o actual consenso sobre as vantagens de um governo minoritário será substituído pelo grito lancinante por uma maioria absoluta.
A bradipneia impõe-se.