O Luís concede carácter. Talvez, mas há uma coisa essencial que MFL trouxe ao bolorento debate político: corrente de ar.
Lembremo-nos de Barroso, Santana e Menezes. O receio de não parecerem suficientemente modernos e o pavor de mexer em temas consensuais retirou-lhes mielina. Mesmo que não concordemos com tudo e mesmo que tenhamos dúvidas, as rupturas de MFL são apelativas. Se estivermos todos de acordo, no papel, com o que parece consensual, ou espalhafatoso, ou modernaço, não há substância. Os movimentos lentificam-se e o remanso progride.
MFL parte de uma parte do centro e rompe. Pode não ganhar, pode o PSD ( essa coisa indefinida) não ganhar, mas ganha o ambiente. É uma política ecológica.