Até há coisa de ano e meio, tudo corria bem a Sócrates. Os episódios da licenciatura - que atingiram laivos de estupidez como, por exemplo, analisar o número de linhas do ponto de inglês - dos palheiros-maisons e da Cova Beira foram todos mediáticos, mas apenas abriram o apetite . O prato principal foi a segunda vida do caso Freeport, também ele 100% jornalístico. Numa segunda fase, o jornal Público e a TVI mantiveram o tom, embora com Sócrates no contra-ataque.
O que há de comum em tudo isto é evidente: as dificuldades, exceptuando o caso dos professores, vieram sempre da arena mediática.
Não deixa de ser uma picante coincidência que o caso desta campanha - as escutas de Belém - tenha sido todo ele mediático. Um jornal bom, dirigido por João Marcelino - o único aluno que passou no exame do PM - , entala um jornal mau.
Não digam que não dá que pensar.