Também vi, e não queria acreditar. E não estou a referir-me ao video, evidentemente, mas ao facto das nossas televisões (e jornalistas) considerarem que isto tem importância e é motivo para noticia de telejornal. Mas está tudo parvo?
O que por cá o que mais há é um patrioteirismo musculado e alarve.
As brutalidades e boçalidades que em reacção ao filme da Maitê vi estes dias na blogosfera e nas caixas de comentário quase que me assustaram!
Acho que a Maitê, numa liberdade que eu nunca me lembraria de lhe negar - para mais só pelo facto de ele não ser uma das nossas, ou seja, uma compatriota -, disse o que bem entendeu dizer e se acaso no meio de muitas verdades tenha dito algo mais "ofensivo" (o que não julgo), está no seu pleníssimo direito.
Ninguém tem de se ofender. Aliás, teremos todos de não nos levarmos tão a sério, somos tão bons ou maus como quaisquer outros.
Rir de nós próprios e relevar o humor dos outros relativamente a nós é tão só um sinal de maturidade e inteligência.
E sabe o que é que esta reacção musculada me faz lembrar? Aquela das caricaturas do Maomé, do sacrilégio que se não poderia sequer brincar com aquilo.
Credo! Infelizmente está a ser a própria reacção portuguesa a este filme da Maitê que lhe está afinal a dar razão no que respeita ao tom com que em geral falou de nós no seu filme...
É assim e não há nada a fazer, o complexo de inferioridade é muito e o nosso patriotismo nunca se manifesta por acção, é sempre por reacção (e ainda por cima, reacção lenta...) Para começo das medidas de retoma económica, podíamos encomendar uma vaga sucessiva de maledicência externa sobre Portugal. - Quem sabe endireitássemos a espinha de uma vez por todas e nos "fossemos a eles" de igual para igual?
Bom dia Filipe, E o que a senhora disse foi há dois anos se bem percebi. Ou seja é um longo orgasmo. Seremos bons nisso ? Vou convidar a Maité a vir cá casa. Um abraço
JMV, a senhora tem tanta liberdade para dizer o que lhe apetecer, como eu tenho liberdade para lhe chamar parvinha e burra a ela, não? É uma questão de liberdade de opinião, que eu não prescindo, e nisso estou do lado caricaturista do maomé. Eu compreendo que a malta se queira distanciar dos abaixo assinados, transmissões em horários nobre, etc, merdas parvas e que sinta necessidade de assumir a posição oposta: a posição blasé. Mas eu não tenho problema nenhum em dizer que aquilo é um vómito, mai nada.
Caramelo: espero que me concedas a liberdade de discordar de ti sem ser necessariamente para me afastar de não sei quem, ou por querer ser blasé. Sou um optimista.
FNV, eu apenas respondi àquele bizarro conceito de que não temos de nos sentir ofendidos, porque a senhora exerceu a sua liberdade de expressão. Há aqui um erro de lógica interessante e eu tinha que dizer alguma coisa sobre isto. Quanto ao resto, falei com o ayatolah da minha junta de freguesia para ele te lançar uma fatwa, mas ele diz que não é caso para isso, tás á vontade.
Foste blasé e mai nada (desculpa lá mas tenho que aproveitar hoje o meu pleníssimo direito a ofender, que está de borlex; aproveita tu também)
A maité é burra. Mas achei muito sensual aquela cuspidela lenta final.
nem te conto o que ouvi no supermercado da minha rua há bocadinho.Um dos cromos, aos berros, exigia à empregada da caixa, brasileira, que o "estado brasileiro enviasse imediatamente um pedido de desculpas". Parafraseando Pessoa, se ser blasé é ser normal, então sou blasé. Com muito gosto.
camandro, a maite e' tolinha, mas aquele video e' tao idiota que nao consigo deixar de me sentir revoltado. O meu sentido estetico fica revoltado ao ver uma mulher tao gira e tao sensual fazer uma figura tao pateta. Blase', o tanas. Fatwa ja'! (contra a televisao, todas as televisoes, poupem-me a mulher)
eu já vi o corpo do delito (esta fica aqui bem) duas vezes e ainda não descobri a parte ofensiva. acho humildemente que tá tudo sandeu. mas reconheço que não sou muito dado a sentimentos patrióticos. o curioso é que as indignações que por aí andam dão razão ao estereótipo do tuga no brasil. (Miguel, a do manneken é uma ideia a não desperdiçar)
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