Mais leituras chuvosas. Uma pequena jóia de Suetónio, O Divino Augusto, com tradução e notas de Agostinho da Silva, uma velhinha edição de 1976 ( tenho as Obras Menores, de Tácito, também com tradução de A.S., o Salústio é que está difícil...). Parece que Augusto tinha o hábito de passar entre as pernas uma noz de fogo para que os pelos lhe crescessem mais brandos. Nos dias de hoje é a nós que os Césares querem brandos. Mais recente ( 2004), de Keith Otterbein , How War Began ( Texas A&M University Press). É bíblico. Pretende resolver a disputa entre a tese dos que dizem que a guerra existe desde que existimos e os que afirmam que a guerra nasceu com os estados. É bíblico porque Otterbein entende que a guerra começou com os caçadores ( vagabundos-pastores), enquanto os agricultores eram pacíficos. Valha a verdade que na Bíblia é o sedentário-agricultor que mata o pastor-nómada. Pelo meio, os Zulus, o vale de Oxaca e o período Shang. Vale a visita.
FNV, esse "Divino Augusto" não será simplesmente um dos capitulos do A Vida dos Doze Césares? Eu sei que pelo menos também o dedicado a Julio Cesar foi cá em tempos publicado como obra autónoma. Andei anos à procura de uma edição portuguesa antiga dos Doze Césares, completa, esgotada, pelo alfarrabistas, e apenas consegui comprar a obra, há três ou quatro anos, a uma editora brasileira, directamente do Brasil (Ediouro). Boas leituras.
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