Na TSF. Pedro Marques Lopes diz que não é uma vitória clara do PSD, porque tem menos mandatos e menos votos do que nas anteriores autárquicas. Verdade. Acontece que, há três semanas, nas legislativas e em circunstâncias idênticas - o PS teve menos deputados e menos votos - o mesmo comentador assinalou uma claríssima vitória do PS. O ódio não é necessariamente mau. Tem é de ser usado com parcimónia. Como o sal.
há todavia uma pequena diferença. é que os "menos votos" e "menos mandatos" do psd relativamente às eleições anteriores são também, hoje, menos votos e menos mandatos do que o ps (contando com os votos em coligação; possivelmente nos votos, seguramente nos mandatos). Se assim for, o único critério que tem o psd como vencedor é o do número de presidentes de câmara, sendo que em 2005 ganhava (também) em número de votos e de mandatos... mas já sabemos, as vitórias (e as derrotas) têm geometrias variáveis. por outro lado, cumpre assinalar as vitórias esmagadoras de valentim loureiro, isaltino morais, luis filipe menezes e de moita flores, bem como as derrotas de narciso miranda e de fatima felgueiras. o povo é quem mais ordena.
Tem toda a razão, FNV. Foi (mais) uma "grande" vitória do Psd de MFL. MFL forever !!! Deus a conserve como líder !! Vou iniciar uma petição na Internet para apoiar a sua manutenção como líder do Psd. Tenho já garantidas as assinaturas de José Sócrates e de Paulo Portas ...
As circunstâncias não são bem idênticas, FNV. O PS disputou as legislativas depois de perder as europeias e com as sondagens a admitir um empate técnico com o PSD. Além de ter contra si o estado calamitoso da economia e o desgaste da figura de Sócrates. Mesmo assim venceu com uma distância significativa.
Já a vitória do PSD nas autárquicas soube a pouco pelas razões que PML disse e porque o PS ganhou com maioria absoluta a Câmara mais importante do país.
Por muitas voltas que se dê, independentemente do resto, em democracia ganha quem tem mais votos.
Trata-se (cada vez mais) de uma questão de gestão das expectativas. Dada a curta memória de todos, embotada pelo consumo excessivo de televisão (ou de internet), não interessa o que sucede, nem a sua relação com o passado, mesmo que recente; o que interessa é a comparação do que se passou com aquilo que se conseguiu vender como o cenário mais provável para o que ia acontecer. E para isso o actual PSD não tem manifestamente jeito.
FNV, a grande diferença destas eleições é que o partido derrotado (PS) aumentou consideravelmente o número de câmaras, de mandatos e de votos. O derrotado das legislativas (PSD) aumentou muito pouco o número de deputados e a percentagem de votos. Mas, obviamente, o vencedor das autárquicas é o PSD.
Ter mais municípios e ter mais freguesias significa ganhar as presidências, respectivamente, da ANMP e da ANAFRE. Se o interesse nacional das autárquicas reside fundamentalmente na disputa indirecta desses lugares, acho bizarro que os grandes vencedores da noite (Fernando Ruas e Armando Vieira) não sejam assediados pelos media ou aclamados por todo o país. Podia ao menos ficar a saber-se um pouco mais sobre o que fazem aquelas associações.
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