Pero que los hay, los hay... sin duda. Sabe que até os qualificativos já não são o que eram? A fruta agora engana muito! Suculenta por fora e depois de partida... dah! (É por isso que digo muitas vezes que o negócio jurídico em que a boa fé é menos protegida é no casamento:)
Teresa, pelo menos as “familias tradicionais” sempre tiveram os tribunais eclesiásticos para essa questão da boa fé no sector da fruticultura. No problemo.
Mas, Teresa, esse problema coloca-se mais com estas relações modernaças de agora, em que duas pessoas se conhecem e estão logo a casar no dia seguinte.. Antigamente, antes desta degeneração de costumes, as pessoas namoravam durante cinco, dez anos, quando não desde crianças, e iam-se conhecendo. Agora é assim, que quer?
Isso lembra-me o último episódio de Boston Legal, em que os dois sócios do escritório de advogados, irremediáveis mulherengos, se casavam por razões patrimoniais. Depois vinha uma associação gay impugnar o casamento por alegado "desvirtuamento".
VLX: mas «a conversa» ainda não fica por aqui, que se cuidem. Alguns juscivilistas alemães já discorrem em escritos científicos acerca do desvirtuamento funcional do instituto do casamento; sobre a relevância da culpa (essa palavra proscrita dos dicionários de direito de família...) nos efeitos jurídicos da cessação da relação; sobre a diferente responsabilidade das partes no incumprimento, etc. Por aqui, o legislador põe e dispõe como sabemos, inspirado 30 ou 40 anos depois em abundantes escritos académicos - alguns deles de doutas figuras dos Gerais- que são, não resisto a dizer, autênticos manuais de maus costumes, catálogos de crueldade e do pior da natureza humana, parafraseando o outro. Pelo andar da carruagem, recomendar o casamento (civil) é o pior conselho que um bom e honrado paterfamilias pode dar à sua descendência:)
Olá Teresa, já aqui tenho defendido que se for avante tudo quanto se fala fica muito esquisito que a um casamento religioso se atribuam necessaria e automaticamente os efeitos do casamento civil.
joão Pedro, já me disseram maravilhas do Boston Legal mas desconhecia esse episódio fabuloso. Vou comprar a série.
Na verdade, o ponto era exactamente esse. E que tem a associação gay a ver com o que aqueles casais fazem ou deixam de fazer? Mania de controlar desta maltinha...
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