A estratégia da equipa de Passos Coelho é evidente: antecipar as eleições para potenciar o efeito de estufa. Como PPC há muito que está no terreno ( desde 1872), quanto mais cedo forem as eleições mais radiação terá a sua candidatura. A clássica escolha do terreno. Também não está mal visto sob a perspectiva estritamente clausewitziana: reduzir o grau de incerteza acerca da força do inimigo e não se deixar afectar pelos rumores sobre ela (Principles of War, pp62 da Dover 2003). Resumindo: têm medo de Marcelo.
Filipe, acho que é um pouco mais interessante que isso. Vamos pôr hipóteses: Imagina que és um primeiro-ministro dinâmico, com poder efectivo e gosto pelo poder. Ao lado vês um partido de oposição que é um saco de gatos em que ninguém se entende. Uma das "tendências " desse partido não possui qualquer alinhamento ideológico: ou seja, não tem princípios mas interesses. Ou seja: está pronto a negociar. O que farias tu no lugar desse primeiro-ministro? Começavas a acenar com várias hipóteses de entendimento: desde lugares em empresas públicas, à materialização futura de um bloco central. A minha tese: quanto mais cedo forem as eleições no PSD, mais cedo o PS fica defendido contra os riscos de umas eleições nacionais. Marcelo assusta toda esta gente? Ah, pois assusta.
Não sei: digo apenas que quando um poder forte se encontra com um poder fraco, indefinido e que prossegue interesses em vez de princípios, alguma coisa acontece.
O DN é desnecessário, quando existem tão bons restaurantes em Lisboa.
É verdade Filipe, não leio o DN com regularidade a não ser as crónicas do Ferreira Fernandes e antes as do Nuno Brederode dos Santos. E tudo on line ( é mais barato ) Mea culpa...
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