O Ministro Vieira da Silva abandonou as já muito estafadas e rotinhas teses de 'cabala' e considerou o último dos casos esquisitos que de tempos a tempos incomodam Primeiro-Ministro como uma situação de 'espionagem política', a qual seguramente só poderia advir de uma conspiração da PJ, do MP e do Juiz de Instrução em conjunto.
Imagino que, perante a monstruosidade da afirmação de tão alto irresponsável governativo, o Procurador-Geral da República tenha aproveitado para vir admitir ao Expresso a possibilidade de, se puder, divulgar as escutas em que intervém Sócrates.
Este deve ter ficado todo contente, por diversas razões: primeiro, porque entendia que "isto" passava das marcas e aguardava explicações do PGR, que enfim podem aparecer publicadas com o seu próprio consentimento. Em segundo lugar porque julgava estar a ser escutado há meses e assim pode constatar que não estava a ser escutado coisa nenhuma, só estava a falar ao telefone com quem estava a ser investigado. Em terceiro lugar para actualizar as datas e perceber que na altura dos supostos telefonemas não havia notícias nos jornais para comentar com os amigos, como pretendeu transmitir à subserviente e caladinha comunicação social. Por fim, porque enfim pode demonstrar com toda esta transparência a sua inocência uma vez mais cândida e assim até poder vir a servir para os seus amigos como uma inteiramente credível testemunha abonatória.
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