O Bastonário da OA tem uma tese engraçada. Os Magistrados que, no decurso das suas funções, suspeitem e sintam ter razões para suspeitar da prática de um crime deverão ficar quietinhos se o agente for o Primeiro-Ministro. Porquê? Porque deviam saber do chinfrim que o seu gesto poderia vir a provocar na comunicação social. Abstenho-me de recordar que quando o caso chegou à comunicação social já tinha saído da mão dos Magistrados há meses. Mas não posso deixar de considerar estranho que um Bastonário defenda um regime especial para o Primeiro-Ministro por causa da comunicação social. Se, pelos mesmos factos, estivesse em causa o inocente da aldeia, choldra com ele. Sendo o Primeiro-Ministro, arruma-se logo a questão bem arrumadinha para não se correr o risco de sair nos jornais. Isto, mesmo vindo de quem vem, não tem pés nem cabeça.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.