Na Defesa de um Inconstante (1844) tudo é bom. A começar pelo nome. Alucinando, apresento Castilho a Nicholas Ray. Com sorte, ficamos com Castilho-Burton algures no norte de África. Este pedaço da cançoneta é aveludado: o pinga-amor está entre os braços delas, mas não será infiel. Ao contrário: conheço mulheres assim - entre os braços dele, mas sem lhe serem infiéis.
Um só coração me coube , e tu és a flor das belas, nem mesmo entre os braços delas te fôra infiel jamais.
"Defesa de um Inconstante." Se precisa de defesa já não me parece bom. "Só os burros é que não mudam." Acho que não se aplica neste caso.
Será possível um homem inconstante ficar constante? Ou só o faz por inteligência. Agora é demasiado tarde e é arriscado mudar desta?
Ou muda porque realmente encontrou o que queria. Ou é-se demasiado velho para mudar? E na realidade também vai enganar esta. Ou não engana esta apenas porque tem medo de a perder e acabar sozinho (o risco)?
Disseram-me que um homem depois dos 40 já não ama propriamente uma mulher que conhece de novo apenas sente atracção e vê se lhe convém, o amor já não interessa. Será?
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