O solstício de Inverno foi muito estimulante. Reunimo-nos muma velha fábrica abandonada. O João chegou mais cedo, porque está grávido, e a Paula, o marido dele, veio mais tarde. Como não houve a tristeza pequeno-burguesa da ceia natalícia, optámos por pôr uma mesa de fusão. Servi algas wakame em crosta de térmitas de Guadalajara cristalizadas. Bebemos ice wine canadiano. O meu filho preferiu ficar em casa dos pais da namorada , comer bacalhau e ir à missa do galo. Estas gerações mais novas ainda têm muito que aprender. O reveillon é que não pode falhar. Está previsto irmos para casa da Tchibomba, uma aluna de doutoramento que conheci anteontem. A Tchibomba está a investigar o efeito do imaginário imperialista da Barbie e do Action Man nas concepções cristãs de imigrantes malianos que vivem em Chelas. O Rui traz os dois filhos que partilha em time-sharing com um casal holandês que vive na Serra do Caldeirão. Não existem provas de que as crianças não podem ser criadas no regime de time-sharing. Antes pelo contrário: assim recebem mais amor e só quando os pais estão disponíveis. Bom ano novo para vocês.
Nesta narrativa as famílias (?) desestruturadas conseguem encontrar esquemas (porventura bizarros pelas nossas lentes) para viver livres e satisfeitas. Tolerância, optimismo e esperança :) Bom Ano!
pêagá nada disso. Mais do mesmo. É como uma mulher num posto de poder - ser mesquinha e ainda mandar sem sensibilidade julgando que assim é como um homem. O admirável mundo novo a ser diferente é quando o João grávido chega junto com o marido Paula. Senão é mais do mesmo. (e claro que eu ia comentar. Sou tão previsível.) Resolução para 2010 deixar de ser "boa pessoa" :)
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