Para mim. Uma colunista do Expresso, Inês Pedrosa - que, se bem me lembro, em tempo propôs multas ( ou prisão? ) para as pessoas que decidissem não votar -, sugere hoje tratamento psiquiátrico para quem discorda dela. A senhora é pelo casamento gay, ficando eu na desconfortável posição de concordar. Por pouco tempo. Num saltinho a senhora Pedrosa aterra nas famílias gay. E ataca o casal heterossexual porque os modelos diversos ( pai e mãe) assentavam no pai bate e bebe e a mãe apanha e chora. Assim mesmo, mais nada, ainda que umas linhas antes se tenha queixado de que os adversários das famílias gay só pensam em sexo e poder. O Expresso é livre de pagar a quem nem sabe desenvolver um argumento. Isso não me diz respeito. Quanto ao tratamento psiquiátrico para os que discordam, embora mais relevante, parece-me natural. Esta forma de pensar estes temas é actualmente o poder nos media. E, sendo o poder, comporta-se como os homens de antigamente que internavam nos hospícios as mulheres que deles se queriam divorciar. Não sei se no início do século passado já havia anatensol.
O psiquiatra povoa-lhe a cabeça por alguma boa razão, mas a seguir faz batota e atira com ele para o campo do inimigo. É como aqueles miúdos que não conseguem encaixar a peça do Lego no sítio certo ;) (e depois fica lá aquela aberração fora do sítio, a provar inaptidão para reproduzirem a realidade). Já a história dos casais hetero só pensarem em sexo e poder é hilariante. Deve viver dentro de uma pobre amostragem social, a coitada. Além de que não deixa de ser uma afirmação temerária, se pensarmos que há, de facto, uma certa rede gay que funciona - essa sim - em torno de uma longa manus de poder instituído, consciente e organizado. Pois claro. O tal lobby de que o Candal falava, ele que sabia mesmo o que dizia e abriu a caixa de Pandora antes do tempo.
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