Sérgio Sousa Pinto (e o PS e Sócrates, que o elogiou) veio dizer que a estabilidade política estaria ameaçada por supostamente o Presidente da República se ter intrometido, na opinião de Sousa Pinto, na questão do casamento de pessoas do mesmo sexo. Ainda segundo Sousa Pinto, o PR ter-se-ia intrometido no assunto porquanto, perguntado sobre a coisa, teria respondido que havia coisas muito importantes com as quais estava preocupado (economia, défice, desemprego, etc.).
Apresentado o tema, vejamos a colecção de disparates que Sócrates veio elogiar. Na cabecinha do deputado, o PR não pode opinar sobre uma questão que, de uma forma ou de outra, mexe com quase todos os portugueses, embora não interesse à grande maioria. Disparate puro. Mas põe a nu o que todos já sabemos: se o PS pudesse, silenciava todos os que pensam de maneira diferente da do partido. Preferencialmente à força, ou fechando os dissidentes em campos vigiados comandados por Augusto Santos Silva.
Segundo, maior e mais monumental disparate: fazer depender a estabilidade política no país da permissão (ou não) dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Uma pessoa ou partido que defendem semelhante coisa não têm a menor ideia do que são as prioridades dos portugueses, daquilo que realmente os preocupa, daquilo que é verdadeiramente grave para o país e importa à população. Se os governantes socialistas, perante o estado lamentável em que este se encontra por sua acção ou omissão, consideram que a estabilidade política é afectada por uma questão lateral deste tipo, isso só pode ser sinal de que estamos entregues à bicharada. O país não vai longe.
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