Entediante. 17 anos, notas sofríveis, fechado no quarto com as próteses high-tech, responde curto e grosso aos pais. Tão simpático como um fila brasileiro que perdeu o osso. E trazem-no à consulta. O rapaz não está doente, não se meteu em nenhum sarilho, não se quer suicidar. Quer estar sossegado como um melão na campina. É borneiro e mimado ( filho único) , isso é certo, mas o que tenho a ver com isso? Aos poucos vamos perdendo a perspectiva. Acreditamos que há cura para a fraqueza que tão esforçadamente aperfeiçoámos.
«Não é necessário que saias de casa. Permanece à mesa e escuta. Nem sequer escutes, aguarda apenas. Nem sequer aguardes, fica em silêncio e só. O mundo apresentar-se-á perante ti para ser desmascarado, não poderá fazer outra coisa, contorcer-se-á, em êxtase, aos teus pés.»
É a ideia de que tudo se resolve pagando, incluindo o triste resultado do pouco tempo que muitos pais dedicam à educação - em sentido amplo - dos pimpolhos.
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