A Atenas. Note-se o tom condescendente da jornalista para com mais esta vergonhosa manifestação de intimidação da extrema-direita. Se fosse com a extrema-esquerda não faltariam os epítetos: estalinistas, intolerantes e inimigos da democracia.
Não detecto o tom condescendente que refere. Mas isto: «... o pedido de manifestações pacíficas – "Não quero ver de novo Atenas a arder", implorou Vangelis, o pai, numa entrevista a um diário ateniense – não foi atentedido.» impressionou-me. Mostra claramente que a morte do jovem há um ano, pelo menos agora, não passa de um pretexto. É a violência pela violência.
Dizer que usaram bastões, se de facto usaram, não me parece condescendente. Qual seria a opção? Omitir? A "guerrilha de esquerda" soa pior, sim, mas no todo a notícia não me parece condescendente. Talvez seja uma questão de sensibilidade.
Vejamos: um grupo de meninos entediados entra em sua casa, parte tudo e fere a sua família; pouco depois chega a polícia e domina a situação. No dia seguinte você lia no jornal: "Polícia usa bastões contra jovens rebeldes". Acha bem? OK.
O "contra jovens rebeldes" não me parece muito apropriado, tal como "guerrilha de esquerda" não me pareceu. Percebo onde quer chegar, mas são contextos diferentes. Mas, sendo claro, no exemplo que dá não me chocaria se fosse: "a polícia teve de usar bastões..."; demonstraria a agresividade dos 'jovens' e o que foi necessário fazer. A palavra 'teve' ou 'necessitou' faria toda a diferença. Mas não consigo saber se houve uma intenção de condescendência.
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