Vive num apartamento com dois quartos e uma casa de banho. Tem um filho na faculdade e está divorciada de um tipo que lhe deixou marcas. Toma conta da mãe, uma senhora demenciada que (não) dorme na sala, rasga as fraldas e emporcalha a casa quando não está a fugir pelas escadas do prédio abaixo. Não pode trabalhar, porque teria de enfiar a mãe num lar e lá se ia o ordenado. Conta os cêntimos, todos, que não podem faltar para o alprazolam e a venlafaxina. Não pertence a nenhuma minoria mediática e está-se nas tintas para os tigres dos circos. Desejem-lhe boas festas.
Vive num apartamento com dois quartos e uma casa de banho. Nao é grande, mas é confortável. Tem um filho na faculdade, que é o seu orgulho e um rapaz feliz. Está divorciada de um tipo que lhe deixou marcas. Custou-lhe tomar essa decisão, mas a sua dignidade e saude impuseram-no. Toma conta da mãe, uma senhora demenciada que (não) dorme na sala, rasga as fraldas e emporcalha a casa quando não está a fugir pelas escadas do prédio abaixo. Custa-lhe muito ver a Mae assim, mas, nos momentos de maior desespero procura lembrar-se do amor que dela recebeu gratuitamente. Não pode trabalhar, porque teria de enfiar a mãe num lar e lá se ia o ordenado. Conta os cêntimos, todos, que não podem faltar para o alprazolam e a venlafaxina. Não pertence a nenhuma minoria mediática e está-se nas tintas para os tigres dos circos.
Desejem-lhe boas festas!Ela precisa dessa amizade.
Estás a partir do princípio de que a senhora não tem causas “menores”; que não lhe resta tempo para mais nada e não se preocupa com mais nada no mundo, para além do que cabe nessa tua meia dúzia de linhas a que tu (nos) reduzes a senhora. Mas eu não sei se na realidade não terá também ela os seus "tigres de circo". A senhora mantém-se para mim uma estranha, mas vai para ela de qualquer maneira as minhas boas festas.
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