A revista do Público, interpretando o melhor da pussy generation, titula: "Um ano para esquecer". A fotografia da capa mostra a tecla "delete", indo ainda mais longe na sugestão. Nem passo pela evidência de assinalar que os anos, maus ou bons, são tudo o que temos e apagá-los ( como às rugas) é apagar pedaços de nós. Há mais. Se pensarmos em tudo o que de terrível poderia ter acontecido - e não aconteceu - não há razão para execrar o ano. Dir-me-ão: também podia ter sido muito melhor. Pois. Ou muito pior. Na Europa, por exemplo, viveram-se anos terríveis no século passado. Cidades inteiras arrasadas, homens queimados em fornos, ou executados em nome de uma sociedade melhor, fome democrática. Já não conta, não é? Queremos sempre mais. É disso que tenho medo.
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