Há de tudo: longas, curtas, enfeudadas a escolas teóricas, interactivas ( são aquelas em que os terapeutas vão para a cama com os pacientes), etc. E há as doutrinárias. No outro dia, uma mulher, que já não via há muito tempo, contou-me que tinha sido acompanhada por um colega ( que conheci porque foi meu estagiário ). A mulher estava ( e está) meio separada e chora baba e ranho. O imbecil disse-lhe que o que ela precisava era de "sexo, muito sexo", e aconselhou-a a vestir-se como uma alternadeira. Era preciso que vocês conhecessem a senhora: uma daquelas moscas mortas que adoram o tipo com que casaram. O confronto psicoterapêutico joga-se em muitos terrenos, mas a convenção de Genebra tem uma siamesa: as escolhas amorosas do outro não fazem parte da batalha. Por isso, se um homem chegar ao pé de mim e me disser que se sente infeliz por causa da sua vida amorosa, seja ela de que tipo for , eu ajudo-o. Deixa de ter relações homo/hetero a passa hetero/homo. E eu com isso? A.A., uma leitora e paciente minha, especial, que está comigo em terapia há sete anos ( é a recordista), tem o casamento perfeito: casou há sete anos e há seis que a única coisa que faz com o marido na cama é aquecer os pés. Nunca falámos da sua vida sexual. Conjugal.
Ora, ora, e em contexto psicoterapêutico é lá preciso existir a coisa para que dela se possa falar, Filipe? Mas estou aqui curiosa com outra coisa, com tanta informção e tão pouca conversa com a dita senhora só pode mesmo é seguir o marido também eheh
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