O nosso foi o país em foco no Festival Montreal en Lumière, este ano, entre os dias 18 a 28 de Fevereiro. Quem aterrasse no aeroporto canadiano deparava-se logo com imensas menções ao país e ao acontecimento. No Canadá, onde vive numerosa comunidade portuguesa, diversos chefes portugueses animavam a restauração com as suas criações (Airoldi, José Avillez, Luís Baena, Joachim Koerper, Vítor Sobral, de entre muitos outros). Vários produtores de vinho portugueses estiveram presentes com os seus vinhos (Aliança, CARM, DFJ Vinhos, Dona Maria, Dourum, Esporão, J. Portugal Ramos, Jose Maria da Fonseca, Luis Pato, Malhadinha, Niepoort, Paço do Conde, Quinta de Chocapalha, Quinta do Crasto, Quinta do Portal, Quinta do Vale Dona Maria, Quinta do Vallado e Quinta do Mouro), artistas portuguesas pontificaram (Mísia, Ana Moura, e Maria de Medeiros).
O Festival Montreal en Lumière é o maior acontecimento cultural e gastronómico promovido naquela cidade, mas foi igualmente uma festa sensacional de promoção do nosso país, dos nossos produtos e da nossa mais valia. Duas fenomenais lampreias, uma no sessenta setenta e outra mais familiar, permitiram-me beber, juntamente com diversos anos soberbos do Vale Dona Maria, as descrições entusiasmadas e sempre muito coloridas de Cristiano Van Zeller sobre o Montreal en Lumiére deste ano. Um sucesso tremendo para a comercialização dos vinhos e para a imagem global de Portugal.
Julgará o incauto leitor que o nosso país, os nossos impostos ou o nosso governo contribuíram para a coisa? – Nada, népias, nem um tostão! Eram precisos 70.000 euros, catorze mil contecos que o AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e todos os Ministérios contactados recusaram pagar. Como nenhuma das autoridades portuguesas o fez, pagaram os produtores de vinho essa quantia para que Portugal pudesse ser homenageado.
Por cá, na nossa querida terrinha, discute-se primeiro o que se há de fazer com o vídeo de 350.000 euros do Figo para os amigos. Para os amigos do primeiro, claro.
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