O dr. Ricardo Costa, presidente da CD da Liga, esteve na SIC-N. Um homem justo e bom, que necessitou (!)de defender-se de homens que rastejam há dezenas de anos nos esquemas mais sórdidos, nos ambientes mais insalubres e nas companhia mais infectas. E defendeu-se com a lei, com a inteligência e com a retórica; não através de combinações com jornalistas, piadolas de feira, alternadeiras, capangas, perseguições a autarcas, ou pauladas em desgraçados em locais ermos e mal iluminados. A regeneração do futebol português, o fim do medo, começou hoje, às 22horas ,e foi antecedida de um breve resumo do sinistro e esclerótico passado, na RTP1.
Vai ser giro ver a propaganda a tentar virar o bico ao prego...
Só lhe aponto que as multas e sumarissimos (será benfiquissimos?) só sejam aplicados a jogadores do clube. De resto parece-me uma das pouca pessoas sérias no futebol
Gostei particularmente daquela do apito encarnado: quando chamado a depor, PC , afinal, disse que não prestava declarações. Propaganda, propaganda, propaganda.
Por esta altura já devem estar a correr telefonemas vários para prepara a versão oficial. O CAA do Blasfémias já deve estar a preparar o texto final. "Genial Presidente, genial. Que grande tanga. Genial"
Se na mente do Presidente do Conselho de justiça da FPF os stewards não são agentes desportivos, pelo simples facto de ele ter dito que na europa era assim. Então se os stewards não são agentes desportivos, apesar de estarem no recinto de jogo. Então os espectadores de um jogo de futebol também não são agenbtes desportivos.
Se esta deliberação chega a Inglaterra, Eric Cantona pode exigir milhões de indemnização por ter sido suspenso 4 meses após ter agrediido um espectador do Cristal Palace.
"A frase da noite provavelmente terá sido dita pelo entrevistador !!! Quando confrontado com as escutas do Apito Dourado, afirmou que não lê, nem ouve escutas !!! Logo de seguida afirmou que Luís Filipe Vieira também foi apanhado nas escutas, a telefonar para o Major a pedir um árbitro !!!"
Este post parece saído daqueles discursos dos socialistas sobre a comissão de inquérito ao PM: cabala! Tentativa de assassinato político! Golpe de estado!
Nem tanto ao mar, nem tanto a terra. Nenhuma das figuras - os dois Costa - merece grande crédito. Um é evidentemente um passarão do mundo futebolístico; o outro é um pavão do mundo jurídico. Nenhum dos dois é figura que se recomende. E as entrevistas demonstraram-no amplamente.
...não gostei que Vieira não se demarcasse claramente dos comportamentos anti-desportivos e terroristas da claque-que-existe-de-facto.
...P.Costa ao seu nível de sempre: arruaceiro, manifestamente mau-perdedor (os 3 golos do Pugilista em 13 jogos fazem mesmo rir!) e incendiário. Um verdadeiro Chavez, o tal que disse que o culpado do sismo no Haiti tinham sido os EUA... E só faltaria o filho a candidatar-se para ser como a "monarquia" norte-coreana...
...Ricardo Costa esteve bem.
Nunca é demais reafirmar que dois jogadores agrediram seguranças dentro do recinto desportivo.
Cantona agrediu um espectador. Volta, Cantona, estás perdoado. Tu até foste provocado.
Todos concordamos que Ricardo Costa fez algo de extraordinário. E todos percebemos as razões que levam o FNV a tecer elogios tão rasgados, nao apenas à decisao concreta da CD da Liga, mas também às qualidades pessoais do Ricardo Costa. Estou certo de que o FNV o conhecerá há muitos anos, já terá comprovado essas qualidades em muitas circunstâncias concretas. Podia partilhar connosco todos esses casos, para que ninguém pense que os elogios nunca antes vistos que teceu ao Ricardo Costa se devem apenas a uma decisao que prejudicou fortemente o Porto e que foi posteriormente revogada pela instância jurisdicional superior.
Sobre o "bom e honrado", é consigo - são o tipo de considerações que faço sobre pessoas que conheço pessoalmente, e ditas "bondades" e "honras" são para mim percebidas por muitas razões, mas todas elas excluídas de (logo impossiveís de avaliar em) fanfarras mediáticas e campanhas com beneméritos em procissões de auto-promoção e auto-justificação.
Quanto ás defesas enfim - a lei, já se percebeu que para o senhor "jurista universitário"no seu biscate de "jurisdição desportiva", não é para se aplicar, é para se racionalizar, moldar, ajustar e bolear ao serviço de uma qualquer e exdrúxula pedagogia da treta - a de, passe a hipérbole (e onde se descarta qualquer outra sobreposição de modo e de conteúdo, que não a do propósito e a referência à cor "rossa") "Colpirne uno per educarne cento" sendo que o" uno " tem cor, perfil e geografia bem definida.
Tal permite estabelecer articulação com a "inteligência", pois percebe-se que este julgar por "causas" ou "missoes", onde a aplicação da lei deixa de ser 'core business' quando não serve "pedagogias da treta", é (sendo simplistas) sinal de pouca inteligência, ou (não sendo simplistas) sinal de chico-espertice de pato-bravo, mesmo quando tal se apresenta muito envernizada e com um ar muito 'cool' conferido por jaqueta e cabelo 'lambido'. Podia ainda ter utilizado o adjectivo "jacobino" mas enfim, não desejo para o pobre diabo nenhuma guilhotina.
O contexto acima demonstra ainda que a "retórica", longe de ser mérito, é inevitável componente patológica da enfermidade. Isto porque com lei tipo "Lego (tamanho Duplo)" - isto é, pecita aqui mais mais pecita ali para obter formas mais espatafúrdias - e ausência de inteligência, o que resta é a conversa, segundo o mote (adaptação do célebre mote de "Jonhy Walker", a água da Escócia) "keep talking" o que é ambundantemente reiterado na profusão de olvidáveis conferências de imprensa, entrevistas a radios, tv e trombetas (como disco está 'demodé', espera-se a disponibilidades no iTunes!).
Sobre a elencada lista de restos, é argumento estafado e já revisto e comentado contra a evidência de que "Largos dias têm cem anos". Quanto a mais este 'flagging' de regenerações faz-me lembrar Corto Maltese que constatando possiveis i niquidades presentes, se prevenia avisado que estava sobre as vacuidades, logo perigosidades, dos regeneradores futuros. E Corto Maltese (está bem que era personagem de BD) era justo, inteligente e usava judiciosamente a retórica, i.e. com parcimónia.
...muito diferente (para melhor, para melhor...) é o Ricardo A. Pereira.
Desta história já tão triste, pelo menos fica o humor cáustico do melhor humorista português:
"Welcome" to Algarve
Sendo o Algarve praticamente solo inglês, tenho expectativas mais ou menos elevadas para a final da Taça da Liga. Todos sabemos o que acontece ao Porto quando tem de jogar em Inglaterra contra equipas que vestem de vermelho e branco. Provavelmente por isso, a Liga tomou medidas com o intuito de equilibrar o desafio: a nomeação de Jorge Sousa é um sinal claro de que se pretende um jogo bastante nivelado. Que diriam os portistas se um antigo elemento dos No Name Boys fosse nomeado para arbitrar uma final entre Benfica e Porto? Haveria certamente vigílias lacrimejantes e pungentes comunicados. Que dizem os benfiquistas quando Jorge Sousa é nomeado para arbitrar o jogo de amanhã? Encolhem os ombros. E dizem que o jogo de Marselha, com a arbitragem que teve, foi um bom treino para esta final.
É assim que se chama público aos estádios: a maior parte dos Super Dragões vai assistir à partida na bancada, mas um deles terá o privilégio de ver o jogo mesmo no relvado. Ninguém pode acusar a Liga de não saber promover o espectáculo — que terá, aliás, outros motivos de interesse. Depois das escaramuças com José Lima, no intervalo do Sporting-Porto, e com Vilas Boas, no intervalo do Académica-Porto, com quem irá desentender-se o treinador-adjunto José Gomes no intervalo da final? Como é que os stewards da Luz conseguirão provocá-lo de forma infame a 300 quilómetros de distância? Quantos jogos de suspensão serão aplicados aos jogadores do Benfica que não agredirem ninguém, como aconteceu com Cardozo no Braga-Benfica (arbitrado por Jorge Sousa)? Tal como sucedeu no ano passado, irá algum portista sugerir que o Porto perca o jogo por falta de comparência, ou esta época já lhes apetece disputar este troféu? Que inquietação.
Foi uma excelente quinta-feira europeia para os portugueses: o Benfica passou aos quartos-de-final da Liga Europa e Simão Sabrosa também. Aconteceu, em todo o caso, um episódio triste: por uma daquelas coincidências inexplicáveis, dois dias depois de Salema Garção ter instigado os adeptos do Sporting a criarem um ambiente hostil ao Atlético de Madrid, vários sportinguistas apedrejaram os adeptos espanhóis. Quem diria? No entanto, tenho a certeza de que as pedras foram trazidas de Alcochete por sócios do Benfica, os mesmos que, naquele jogo decisivo do campeonato de juniores, atiraram pedras aos inocentes sportinguistas que nunca tinham visto um paralelepípedo na vida. Entretanto, Costinha parece ser o director desportivo de que o Sporting precisava: Sá Pinto tentou expulsar Liedson do clube e não foi capaz, mas Costinha mostrou mais talento e, ao que parece, conseguiu mesmo afastar definitivamente Izmailov. A generalidade dos directores desportivos tem a responsabilidade de recrutar jogadores para a equipa que dirige; no Sporting, compete ao titular do cargo expulsar os que lá estão. É, sem dúvida, um clube diferente. Que azar teve o Marselha: no espaço de uma semana passou de equipa que, finalmente, mostrou ao Benfica o que era ter pela frente um adversário a sério, com excelentes jogadores de nível mundial, a equipa composta por coxos que, afinal, qualquer um eliminava. Quanto aos benfiquistas, apesar da liderança do campeonato, do melhor ataque, da melhor defesa, do melhor marcador e dos quartos-de-final da Liga Europa, continuam a não embandeirar em arco. Quem quiser saber o que é embandeirar em arco, leia o que se escreveu na semana em que o terceiro classificado ganhou ao Arsenal em casa com um frango e um golo à chico-esperto. Euforia ridícula é aquilo, como os factos viriam a demonstrar com alguma dureza."
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