Parece que o passado também atormenta os "compagnons de route" de Passos Coelho. Talvez o Paulo Gorjão se convença do currículo de Rangel com estas sábias palavras do seu colega de turma, CAA. Gosto especialmente desta parte: «Rangel é um jurista de primeira água, para mim o melhor da sua (minha) geração. Possui uma cultura vastíssima e é um orador nato».
Já agora, e para terminar, quando o Paulo Gorjão me indicar artigos publicados em revistas de peer review de juristas como Canotilho, Costa Andrade, Antunes Varela e Figueiredo Dias, fico-lhe muito agradecido. Espero é que não se dê a caçar gambuzinos...
A resposta do Filipe, sem adenda, foi cruel. Afinal, tanto trabalhinho a investigar cv's o dia todo e no fim leva com uma "trivela"? A adenda, embora ajude a desmontar a falácia do post objecto de resposta, tem algo de misericordioso. Afinal o trabalhinho de sapa não foi inteiramente perdido. Esta generosidade só lhe fica bem :).
Com a devida vénia ao Pedro Lomba:" Paulo Gorjão nem começa mal. Pode ser aborrecido e enganador discutir currículos. Conheço muito boa gente com grandes currículos profissionais e académicos que não dariam bons políticos, bons governantes ou bons primeiros-ministros. Nestas coisas prefiro ser negativo. Impressiona-me mais os sinais evidentes de falta de currículo do que os indícios de excelência.
Vejo no entanto que Gorjão, professor ao que sei de relações internacionais, está mal-informado sobre a carreira académica em direito. Se ele não se importar, alguns esclarecimentos. Primeiro: uma parte significativa dos académicos em direito nas universidades portuguesas conclui o doutoramento depois dos 35 anos. É uma tradição que está a mudar, que não existe lá fora, mas que ainda se mantém por cá. Aos 35 ou 36 anos, Paulo Rangel não tinha terminado o doutoramento tal como muitos outros da idade dele não o fizeram ou só o fizeram depois. E deixo outra informação: aos 35 ou 36 anos, Paulo Rangel já tinha escrito um livro importante (Repensar o poder judicial), além de vários estudos de direito constitucional de uma enorme qualidade, reconhecida aliás pelos seus pares.
Segundo: é provável que Rangel não tenha nenhum paper publicado em revistas internacionais com sistema de peer review. Mas se me derem 5 nomes de académicos portugueses em direito que publicaram em revistas internacionais com peer review, ficava agradecido. De facto: não temos muito essa tradição em Portugal.
A propósito de currículos, sugiro a leitura deste autor (via FNV): "Rangel é um jurista de primeira água, para mim o melhor da sua (minha) geração. Possui uma cultura vastíssima e é um orador nato. Não é por acaso, e muito menos por favor, que vai liderar a bancada do PSD no seu primeiro mandato como deputado. Quando os adeptos de Ferreira Leite falam em ‘credibilidade’, olho para os nomes que a acompanham e merecedor desse epíteto só vejo Rangel." Não consta que o currículo de qualidades jurídicas, culturais e coloquiais de Rangel tenha mudado. Mudaram algumas opiniões, é verdade. O Carlos Abreu Amorim, por exemplo, deu a volta ao sistema solar."http://suctionvalcheck.blogspot.com/2010/03/curriculos.html
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