Desde que me conheço que me lembro do link padres-sexo. Desde esses infelizes tempos que me lembro de factos e histórias sobre o abuso de crianças em seminários. É curioso que só agora com Ratzinger, o Papa que diz o que a Igreja é e deve ser, o Papa que pensa e escreve, o Papa que ousou beliscar a beatitude do Islão, o mundo tenha descoberto a pólvora. O que é, é, o que era também era e o que será já percebemos: um próximo Papa que defenda uma Igreja que defenda o que a Igreja não é.
O cerne vital da questão está na abstrusa relação que a ICAR mantém em relação à sexualidade. Negar as evidências e tentar, por decreto papal, aniquilar a natureza humana para uma parte dos seus servidores, parece-me a mais incompreensível maneira de não querer mesmo resolver a questão.
(Sou ateu. As religiões não fazem qualquer sentido para mim. Creio que os homens criaram os deuses por ignorância que perdurou e perdurará ao longo dos milénios. Sou dos que (só) tinham medo de não ter esperança; felizmente, tenho esperança e não tenho medo(s). Nem da morte, que é o único momento absolutamente incontrolável.)
Todas as outras religiões e correntes resolveram o problema que este papa mantém insanável: os presbiterianos, os muftis, os rabinos, os metodistas, os anglicanos, os imãs, e outros, não negam para si o que não podem/nem devem negar aos outros.
Quanto à pedofilia, é verdade que é outra questão (embora o atrás exposto não lhe seja exógeno).
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