Vejo este cartoon . Vasculho, busco, farejo, e não consigo perceber como é que a minha vida sexual foi alguma vez devassada ou orientada pelo Pope Benedict. Talvez os católicos devotos se sintam vigiados. Deve ser isso.
Deve ser mesmo isso.E se calhar ainda é mais: ateus e agnósticos que nao ligam nada ao que Sua Santidade diz, ficam muito incomodados com o que possa dizer sobre essa matéria em concreto. Sao os mesmos que se recusam a chamar Sua Santidade ao Papa, mas que o fazem tranquilamenta ao Dalai Lama.
O Vale da Almeida tem um mérito assumido. É transparente nas suas opções panfletárias. E dos inúmeros homossexuais dos corredores de S. Bento é o único assumido. Diz ao que vem. Dito isto, o autor do post tem toda a razão. Alguma vez este papa interferiu na vida sexual do Vale de Almeida? Estragou-lhe algum arranjo?
eu também não. E, sim tenho para mim que os mais incomodados são os ateus, porque não há religião em que tantos seguidores (diria, a maioria)façam o que lhes dá na gana, como a católica. Como se usa dizer, religião "a la carte", cada um aproveita o que quer, toma ou não toma pilula, comunga ou não comunga, vai à missa ou não.
Eu, por mero acaso, quero lá saber o que proclama "Sua Santidade"! Nem o "Dalai Lama", nem o "Rabi Supremo de Jerusalém", nem o "Ayatollah Khamenei", nem qualquer outro ser "infalível e superior".
Só acho que não devem ser os dogmas religiosos a ditarem as leis como no passado.
Nas democracias, em eleições, os cidadãos fazem escolhas e, de tempos a tempos, concretizam-se mudanças fundamentais. Há quem não queira acompanhar essas mudanças e tem todo o direito disso.
Ninguém lhes nega esse direito.
Talvez até ainda um dia, em eleições livres, se volte atrás e se re-introduza a pena de morte, a escravatura, a proibição do aborto, o fim das uniões civis, a obrigatoriedade de beijar a mão ao rei e à rainha, os direitos feudais ( como "le droit de cuisage"...), ou outras tradições (de algumas muito famosas é melhor não falar, ou lá vem o coro de protestos por causa da..."facilidade"...).
Por agora, ficamos com o evidente e preclaro direito dos crentes definirem as regras que querem DENTRO dos seus lares religiosos.
E depois há a lei geral para todos.
Aquelas leis -muito mais simples mas mais justas e equilibradas- que não obrigam ninguém a fazer o que acham que em consciência não devem fazer.
Sem imporem aos outros que pensam de maneira diferente. É assim tão difícil de perceber?
Achas que se os "valores do Ratzinger" vingassem podias ir fazer um inter-rail com a tua namorada quando tinhas 18 anos? Ou, sem namorada, arranjar uma(s) namorada(s) pelo caminho?
Caro Miguel, Os "valores do Ratzinger" são para os fiéis Católicos. Os demais que, legitimamente optaram por outros credos ou nenhum, podem viver a sua vida como muito bem lhes aprouver. E era o que mais faltava se não o fizessem. Por isso pode ir com a sua namorada para onde quiser e fazer o que quiser, e se das suas práticas resultar algum problema, será por violação das Leis da República e nunca por violação dos “valores do Ratzinger” (que a propósito não são dele mas da Igreja Católica).
Meu caro: os "calores de Ratzinger" já vingaram. São esses valores, aliás, que lhe permitem estar aqui, a invectivar os "valores de Ratzinger" e a fazer trocadilhos com comboios e carris sem receio que lhe aconteça o que aconteceria se o fizesse morando em qualquer outra época ou lugar em que esses valores não tivessem vingado.
ze', isso hoje e' verdade. Ja' nem mesmo os catolicos ligam grande coisa ao Ratzinger em materia de "inter-rails"...
Creio, porem, que isso so' acontece porque os ditos "valores do Ratzinger" nao vingaram; por outras palavras, porque a pretensao universal desses valores ja' nao carrega grande conviccao, nem poder de persuasao.
Não é bem isso Miguel. É que a Igreja Católica aceitou, há já algum tempo, viver com um estado laico. E acredita, convictamente, que não pode ser de outro modo. A Igreja sabe que o seu papel nas sociedades não pode ser outro que não o da defesa dos desvalidos.
"A Igreja sabe que o seu papel nas sociedades não pode ser outro que não o da defesa dos desvalidos."
Ó zé, mas isso é uma ONG, que só se distingue das outras por ter chefe de estado e dar direito a tolerância de ponto.
Quanto ao cartoon, há ali um equívoco. Não se devia dirigir especificamente ao Benedict, mas à Igreja. O que pretenderá mesmo é assinalar a hipocrisia da Igreja. Não me custa nada admitir que este Papa terá sido um pouco mais rigoroso (embora não excessivamente...) do que outros nesta matéria dos (maus) costumes dos padres. Agora, quanto à Igreja, vejam lá: durante quantos anos andaram os pecados de pedofilia dos padres a ser lavados nas máquinas de lavar, torcer e secar, privativas da Igreja, nas suas caves? E durante quanto tempo andou a Igreja a ameaçar publicamentos adultos, urbi et orbi e toda a via láctea, com a penas da excomunhão e purgatório, pela prática de sexo adúltero com outros adultos, ou a homossexualidade? E quantas vezes os simples fiéis, e não fiéis, foram apontados publicamente e ostracizados, por isso mesmo, na sua comunidade? Como é que se chama isto? A propósito, ainda não entendi essa interpretação fanhosa de que a Igreja só se dirige aos seus fiéis e que, pasme-se, segundo algusn exegetas, até mesmo estes são livres de seguir ou não as suas orientações. Saiu alguma encíclica papal revolucionária sobre isso? É que nem o sindicato de professores de ginástica é tão liberal. Ainda quanto à assistência aos desvalidos, gostaria de dizer mais qualquer coisa. A ver se tenho depois oportunidade se a coisa calhar para aí, que este comentário já vai longo.
Caramelo: vai mesmo ter uma Comenda no 10 de Junho! Fixe!
Não sou o advogado de defesa de ninguém. Estou-me completamente nas tintas para os homo, os hetero, os bi, os não sei quê.
Mas quem é que quer impôr ao Papa as suas ideias?
Os cidadãos é que livremente fazem as suas escolhas que, de século para século, alguns têm muita dificuldade em engolir.
E, o facto-facto-ponto é que os alguns dos valores que este Papa ( e todos os outros)defendem com unhas e dentes têm vindo a perder em toda a linha, como todos sabem.
Houve um tempo em que só havia casamentos religiosos. Acabou. Houve um tempo em que as uniões de facto não eram reconhecidas. Já são. Houve um tempo em que não havia a separação entre o Estado e a Igreja. Acabou. Houve um tempo em que as convicções religiosas em matéria de planeamento sexual ou em caso de resolução de situações não desejadas eram impostas pela moral católica vigente. Acabou. Houve um tempo em que nas escolas públicas se ministrava o ensino da doutrina religiosa dominante. Acabou. Houve um tempo em que os altos dignatários da igreja dominante estavam presentes nas cerimónias oficiais. Acabou.
Muitos destes aspectos são pouco importantes ou meramente simbólicos mas mesmo assim acabaram.
Caro Gonçalo: "fascínio" por milhares de assuntos mas, francamente, por este?! Só estamos a conversar e estou num meio adverso, religiosamente correcto que não partilho de todo mas que aceito. Eu gosto da divergência. Não me atrai o monolitismo.
Ó FNV, ó pá, que chato, pá, e eu aqui a gastar o meu latim. Deixa-te de falsas modestias, que a tua pergunta não era simples e merecia mais do que três caracteres. Vou resumir: o cartoon chamou hipócrita ao Papa, quando devia ter chamado a mesma coisa à Igreja, como instituição. Eu não presto contas ao Benedito, mas muitos outros antes de mim prestaram a outros como ele.
P.S. tinha-me esquecido de ser cool. Vai Benedito, que acho mais engraçado do que papa. Mas olha que tu, também, heim, não estás a ser lá muito respeitoso ao não numerares o Benedito, heim, heim?
1-“Ó zé, mas isso é uma ONG, que só se distingue das outras por ter chefe de estado e dar direito a tolerância de ponto.” Depende, Caramelo. Há alguma ONG que denuncie o primado do “eu” e a vacuidade dos “modernaços” em detrimento dos velhos, doentes e demais abandonados pela sociedade de hedonismo e do “facebook” e quejandos? 2-“A propósito, ainda não entendi essa interpretação fanhosa de que a Igreja só se dirige aos seus fiéis e que, pasme-se, segundo algusn exegetas, até mesmo estes são livres de seguir ou não as suas orientações.” É muito simples. As orientações da Igreja Católica destinam-se, obviamente, aos seus fiéis. Se V.Ex.ª não é Católico, o que o Papa faz ou deixa de fazer é, para si, irrelevante. A não ser que acuse o Papa de cometer algum crime previsto pela lei comum.
essas coisas que listas em grande medida acabaram, de facto. Mas, como o caramelo deixa entender, quando acabaram---cada uma delas---, acabaram contra a vontade da Igreja. Se a Igreja agora se tornou ONG--i.e. abdicou da pretensao 'a universalidade da sua mensagem e valores---, tanto melhor. E' uma boa noticia.
Mas fiquei com a impressao de que o Benedito acusa de relativistas todos aqueles que propoem essa sensata reavaliacao do estatuto ontologico dos valores do catolicismo.
Ó diabo! Eu ser contra a paralisia infantil é um bocado mais difícil! Essa vai longe demais! Ainda se fosse contra a hipocrisia infantil mas essa não existe que os miúdos são directos como flechas! Perdi, então.
A não ser que estivéssemos a falar da hipocrisia adulta. Mas aí perdi também. Bolas!
De nada, Caramelo. Ler-te é um prazer, podes crer e não é só neste tema tão...candente.
Zé. 1 – Se há ONG que denunciem isso tudo? Deve haver, sei lá eu… conhecer mesmo, só conheço uma ONG que dá sopas, mas não dá seca aos sem abrigo para não ficarem agarrados ao facebook. Agora baralhaste-me. 2 – zé, quer então dizer que não posso ter esperança na vida eterna? Olha, obrigadinho, sim? :(
Caramelo, mesmo com excesso de gula, mesmo que tenhas abusado da “doçaria” ( eu sou pecador confesso) há sempre uma esperança, não te preocupes. E até lá faz o que te der na real gana. Em todo o caso, se não fores o Figo ou quejandos, tem cuidado e cumpre as Leis da República. Pecadores somos todos, Figos não…Sempre às ordens, não tem nada que agradecer, mande sempre.
Caramelo, em caso de dúvidas transcendentais sobre o que o Figo pode fazer e acha, é favor de consultar aqui: http://www.youtube.com/watch?v=_smZlKpVhHg&feature=player_embedded
Se pertencesse ao Opus Dei, ao MCL ou aos quicos ( neocatecumenais) tinha de se deitar com o papa. Menage a trois no leito conjugal. Veja o pobre o pedro arroja que está catolicamente convencido que um bom católico só pratica o coito numa posição
Provavelmente o FNV é um católico normal (), ou seja, uma pessoa saudável que se está a borrifar para o que diz o papa sobre questões de moral sexual.
Mas há milhões de católicos que se sentem incomodados com estas aberrações doutrinárias.
Quanto aos ajustes de contas, parece-me mais mania da perseguição e não assumir responsabilidades.
"Nous faire prendre à tous des vessies pour des lanternes. C’est ce qu’est exactement en train de faire l’aile de la hiérarchie qui vole au secours du Pape face aux révélations au sujet des abus sexuels commis au sein du clergé. Faut-il le préciser ? Des révélations faites par des familles catholiques dont les enfants ont été victimes d’actes pédophiles. Un paramètre important à souligner dans le contexte de la théorie du complot qui règne à l’heure actuelle. Il ne faut donc pas inverser l’ordre de cause à effet ; ou, pire encore, tenter de recouvrir l’inacceptable en raisons des intentions de ceux qui le dénoncent. Car peu importe en définitive qui proteste et pourquoi, et même la véhémence du ton. Le fait indéniable est que l’on se trouve en face d’un scandale objectif aux proportions monstrueuses et effrayantes. Et qu’il ne s’agit pas simplement de défaillances individuelles, mais de la perversité réelle d’un système. Avec comme corollaires de graves conséquences pour les personnes. Invoquer l’acharnement pour tenter d’éluder le fond du problème n’est pas honnête. Personne ne cherche à diaboliser l’homme Joseph Ratzinger. Ni à mettre tout dans le même sac." Fonte http://www.golias.fr/
Diz o Caramelo: "E durante quanto tempo andou a Igreja a ameaçar publicamentos adultos, urbi et orbi e toda a via láctea, com a penas da excomunhão e purgatório, pela prática de sexo adúltero com outros adultos, ou a homossexualidade?" Caramelo: acredita na comunhao e na excomunhao, e na existência do purgatório? Se acredita, quem acha que os merece? Se nao acredita, porque se preocupa que alguém os sentencie?
Il vescovo di Grosseto all'attacco: «Sono nemici naturali della Chiesa» La reazione: «La Cei lo condanni»
TORINO Lo scandalo pedofilia sui media non è altro che «un attacco sionista, vista la potenza e la raffinatezza: loro non vogliono la Chiesa, ne sono nemici naturali. In fondo, storicamente parlando, i giudei sono deicidi». Monsignor Giacomo Babini, vescovo di Grosseto, parla al sito Pontifex e attacca gli ebrei, facendo infuriare il Comitato Ebraico Americano che, in un comunicato ufficiale diffuso a New York, ha chiesto ai vescovi italiani di condannare immediatamente le dichiarazioni «antisemitiche» di Babini. Secondo il vescovo di Grosseto «la colpa» degli ebrei «fu tanto grave che Cristo premonizzò quello che sarebbe accaduto loro con il non piangete su di me, ma sui vostri figli».
Le frasi più forti sono però quelle pronunciate sulla Shoah. «L’olocausto fu una vergogna per l’intera umanità, ma adesso occorre guardare senza retorica e con occhi attenti. Non crediate che Hitler fosse solo pazzo- dice Monsignor Babini-. La verità è che il furore criminale nazista si scatenò per gli eccessi e le malversazioni economiche degli ebrei che strozzarono l’economia tedesca». Lo sfogo di Babini non risparmia neppure gli anglicani: «Di perdono ne abbiamo chiesti troppi e lo facciamo anche alla messa tutti i santi giorni. Pensino a farlo gli anglicani, tanto che molti di loro hanno deciso di passare al cattolicesimo, ora mi auguro che non ci imbarchiamo una bella dose di gay», dice.
Luis Graça, não se ocupe comigo. Mais uma vez, por outras palavras, não está em causa o que eu penso, digo ou faço, mas sim o que a Igreja pensa, diz e faz.
Sempre pensei que a vantagem terrena de não se acreditar nos ensinamentos da Igreja era a de uma pessoa não ter de se preocupar com o que a Igreja diz, sem qualquer problema de consciência.
Constato que há uma malta que não acredita em nada — e portanto não participa da parte boa — mas vive obcecada com o que a Igreja diz.
VLX, acho que já assentámos que o que a Igreja diz é para consumo interno, tipo estatutos e regulamentos de funcionamento e conduta dos membros e funcionários de clube privado. Ou de ONG, whatever. Não me atormenta nada. Atormentaria muitos outros antes de mim, bem próximos, aliás, e por esa via muito condicionou, para o bem e para o mal, o que somos, mas adiante que isso é outra conversa. O que me pode eventualmente atormentar ou não é o que fazem os seus membros. E entretanto, como já é crescidinha, acho que consegue aguentar bem piadas e/ou acusações sobre outras coisas, menores, como a sua hipocrisia.
O que nos leva aqui a dissertar sobre o post de FNV é só a atitude duma Igreja que é hipócrita, gosta de sê-lo, continua a sê-lo e quer tomar-nos a todos por anjinhos parvinhos e mentecaptozinhos.
Vá lá, caro VLX, compre o lencinho, a medalhinha e, sobretudo, a estatueta de vidro que é linda de morrer!
(E agora nada a propósito mas como eu não sou cristão
-Ah!Grande Bertrand Russell e Grandíssimo Voltaire no séc.XVIII!!
com uns amigos vamos festejar este ano na Av. dos Aliados, é a vida!)
Luis, tou por tudo. Eventuais e alegados erros e eventuais e alegadas qualidades não podem, obviamente, ser imputadas a instituição já tão gasosa como a Igreja ;)´ É mais ou menos como dizer que quem vai ganhar no calhabé não é o Benfica, é o Cardoso ou o Aimar ;). Temos aqui potencial...
Sim, sim, Pisca, tens toda a razão (?) e o João César das Neves com a contabilidade das suas 69 aparições da "Virgem"(?...), sendo que "36 já foram provadas cientificamente" (sic!!) também. Tudo brava gente!
Ah! Voltaire! O gozo que tu terias se pudesses ver a figura que alguns/esses ainda hoje, vê lá tu,
século XXI, ano 2010,
fazem, os mesmos que ainda continuam a acreditar que a Terra é plana e as labaredas satânicas ainda te estão a queimar o cérebro pelo Mal que tu fizeste na destruição (e só com o poder das palavras!...) das ignomínias deles!
Vamos mas é lá deixá-los na paz celeste. Ficamos nós na paz terrena. E tudo em harmonia.
"Claro que Bento XVI mandou investigar o caso, removeu bispos, suspendeu padres, castigou culpados."
O cúmulo da hipocrisia elevado à POTÊNCIA 200!
pisca517, provavelmente primo do outro pisca:
-Não te mando tratar de aftas nem de outras infecções mais ou menos dolorosas.
Gostaria só que um dia pudesses visualizar que, com todas essas intransigências que tão afanadamente defendes, a tua igreja se afasta cada vez mais da sociedade contemporânea. Mas acho inverosímel que isso aconteça.
Voltaire viveu há mais de 200 anos. Não te aflige, nem um pouquinho sequer, que te situes para aí por volta do ano 1600?
Vais mastigar outra vez a lengalenga da "intransigência", vocábulo por sinal muito bem escolhido.
Sabes, eu quero lá saber da tua igreja! Vai à missa, peca, comunga, confessa-te, penitencia-te, reza, dá esmola, purifica-te, liberta-te, faz planos para quando estiveres no paraíso, empurra os maus para o inferno e os medíocres para o purgatório, sê feliz.
Eu quero que sejas feliz e tens todo o direito a ser feliz, mesmo com a cabecinha cheia de fantasmas medievais.
Deixa-me no meu cantinho. A sociedade é cada vez mais laica e podemos todos, cada um verdadeiramente à sua maneira, viver nela. Conforma-te com isso.
O Pires tem razão no que respeita à transcrição. A informática é tema que me suscita dificuldades. A transcrição é de um texto do Vasco Pulido Valente do jornal “Público” e do qual não consigo obter a hiperligação. Todavia, fiz essa referência no fim do texto que escrevi, mas de facto não apareceu tal referência, nem tampouco a minha conclusão. E, ainda bem. É que, a tua resposta de “patrulheiro” é, deveras, hilariante. Resmungas que: “Sabes, eu quero lá saber da tua igreja! Vai à missa, peca, comunga, confessa-te, penitencia-te, reza, dá esmola, purifica-te, liberta-te, faz planos para quando estiveres no paraíso, empurra os maus para o inferno e os medíocres para o purgatório, sê feliz.” A questão é que tu não fazes outra coisa, estás obcecado com a Igreja, instituição que desconheces em absoluto, e do alto da tua patética ignorância proferes dislates como este: “Gostaria só que um dia pudesses visualizar que, com todas essas intransigências que tão afanadamente defendes, a tua igreja se afasta cada vez mais da sociedade contemporânea.” És um Homem moderno, não é pires? Tens esse problema: a “modernidade”. Uma criatura que mistura futebol com uma instituição de referência na história ocidental não está, em definitivo, habilitada a discutir o papel da Igreja. Volta para a “roulotte das bifanas” e discute furiosamente com os teus comparsas de infortúnio. E, por favor, sê fiel ao que escrevinhas: “Deixa-me no meu cantinho. A sociedade é cada vez mais laica e podemos todos, cada um verdadeiramente à sua maneira, viver nela. Conforma-te com isso.” Eu não me conformo, eu rejubilo que um tonto como tu fique no seu canto com o “futebol”, as “novas tecnologias”, “redes sociais” e restantes “deuses da modernidade”. “ Afanadamente”? Pires, foi "lapsus calami"?
Pires, “ o modernaço”, sentencia os escuteiros como “totós”. Uma certeza dogmática, portanto. Claro, que tu como um “modernaço progressista” preferes o Daniel Cohn-Bendit. Sim, os católicos serão cada vez menos, mas apenas uma mente simplória que se excita com os “ares do tempo” pode ver isso como algo negativo. E “ derrota” é vocábulo inadequado em questões de fé. Sobre o uso do “afanadamente”…nada
O Pires está tão acirrado que até “publica” duas vezes o mesmo comentário. É sempre complicado argumentar com uma criatura que nem sequer alcança as suas evidentes limitações e não possui os rudimentos mínimos. Todavia, como cristão, vou praticar uma obra de caridade que consiste em tentar dilucidar o néscio Pires. No seu confrangedor escrito consta o seguinte: “ (…)que tão afanadamente defendes (…)” - posted by Luís C. Pires : 10:28 PM. Isto é, o Pires escreveu “afanadamente” e não afanado (adjectivo). Ora, “afanadamente” não tem entrada no dicionário. Não há registo de “afanadamente”. Se calhar existe em “pirês”… Para um ignaro tudo é possível. E, sempre com o devido respeito por opinião diversa, a existir “ afanadamente”seria um advérbio e não um adjectivo. Claro que para a gentalha modernaça isto da expressão escrita é coisa de antanho, pouco compatível com os seus pobres espíritos “desempoeirados”. Pires, meu jovem, larga as “ novas oportunidades”.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.