Hesse está refugiado na bela Montagnola nos finais de Março de 1941. Tem reumatismo e escreve à custa de doses perigosas de salicilato. Bom homem, a sua preocupação é a amiga
Annette Kolb ( que viria a ganhar o Prémio Goethe em 1955) retida em Lisboa. Annette
está sem dinheiro, esgotada e voltou a falhar um voo num clipper: disseram-lhe duas horas antes que não podia embarcar.Hesse, discretamente, faz uma comparação entre ele e Annette. Cabemos todos nesse barco - os doentes crónicos e os exilados: o progresso é mau, o regresso é impossível.