"The Israeli government has been forced to apologise for circulating a spoof video mocking activists aboard the Gaza flotilla, nine of who were shot dead by Israeli forces last week.
The YouTube clip, set to the tune of the 1985 charity single We Are the World, features Israelis dressed as Arabs and activists, waving weapons while singing: "We con the world, we con the people. We'll make them all believe the IDF (Israel Defence Force) is Jack the Ripper."
It continues: "There's no people dying, so the best that we can do is create the biggest bluff of all."
The Israeli government press office distributed the video link to foreign journalists at the weekend, but within hours emailed them an apology, saying it had been an error. Press office director Danny Seaman said the video did not reflect official state opinion, but in his personal capacity he thought it was "fantastic".
Government spokesman Mark Regev said the video reflected how Israelis felt about the incident. "I called my kids in to watch it because I thought it was funny," he said. "It is what Israelis feel. But the government has nothing to do with it."
E a seguir, o que já se sabia:
"The Israeli army also backed down last week from an earlier claim that soldiers were attacked by al-Qaida "mercenaries" aboard the Gaza flotilla. An article appearing on the IDF spokesperson's website with the headline: "Attackers of the IDF soldiers found to be al-Qaida mercenaries", was later changed to "Attackers of the IDF Soldiers found without identification papers," with the information about al-Qaida removed from the main article. An army spokesperson told the Guardian there was no evidence proving such a link to the terror organisation".
Em Israel existe liberdade de expressão. Existem jornais que condenam as acções do governo, existem manifestações, às vezes violentas, contra as políticas do governo. E existem programas tipo Gato Fedorento. http://www.youtube.com/watch?v=ZvJ-8d9X9JA&feature=player_embedded
Ah, um jornal inglês! Curvemos a espinha perante a nobre e impoluta imprensa inglesa! Ah, o News of The World, o Sun, Daily Mirror. Claro, neste caso temos o imparcialíssimo Guardian, o da notícia falsa do fornecimento israelita de armas nucleares para a África do Sul, o seríissimo Guardian, porta-voz de ONGs trapaceiras que "descobrem" novas tribos na Amazónia para delimitar reservas sabe-se lá para que fins, o democrático Guardian, defensor de Chavez e de todos os esquerdopatas delirantes. E o rigoroso Guardian que se esquece de dizer na notícia que o vídeo é de um programa humorístico e deixa entender, de forma nebulosa (para não dizer nojenta), que o governo israelita tem alguma coisa com a sua produção.
Gonçalo Soares: Para quem professa tão intenso fervor belicista, são muitos tiros nos pés. No primeiro comentário, desvaloriza a notícia com o exercício da "liberdade de expressão", que todavia ninguém criticou, sequer implicitamente.
Quando lhe é sugerido que: - o essencial da notícia não é a existência do clip, mas sim o facto de o gabinete de imprensa do governo israelita ter distribuído o link do mesmo por jornalistas estrangeiros (já imaginou o que diria se fosse o governo do PS a fazer algo equiparável?); - e a alteração da versão oficial relativamente à presença de elementos da Al-Qaeda nos "atacantes",
lança uma catilinária sobre a credibilidade e independência do jornal. A notícia narra três factos. São falsos? Foram desmentidos?
Outra coisa: jornal não deixa entender coisa nenhuma do que diz. Cita o porta-voz do Governo dizendo: "It is what Israelis feel. But the government has nothing to do with it."
Enfim, cada um tem o direito de sentir nojo por aquilo que lhe dá na real gana. Nojo é uma palavra forte. Neste incidente, o seu nojo dirige-se para a insinuação que diz ver na notícia. Está no seu direito.
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