Cação, fresco e barato, às postas sobre um fundo de azeite grosso com acidez suficiente e sabor registado. Alhos encamisados, colorau, sal legítimo ( dos marnotos ou do Sul) e um golpe de vinagre são. As ervas: hortelã-da-ribeira, coentros, poejos e orégãos. O lume é como se fosse para nos queimar os dedos: lento, baixíssimo ( pode ser feito em tacho no forno, a comida de fogo alentejana sabe-o bem) e curto. Mais de vinte minutos e o peixe desfalece. Prefiro deitar esta sucessora da sopa bacorinha sobre uma fatia de matinário pão comunista, mas não desdenho umas aquilinas batatas novas cozidas com pele. Beba-se um tinto da Granja-Amareleja, que já os há aí outra vez, , sem madeira nem pó artificial de taninos. Não vá trabalhar a seguir. Imagine o seu sofá como um sobreiro portátil e deite-se ( não à sombra dele, mas nele).
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.