Hesse sobre a morte do irmão de Mann, Heinrich. Estamos em Maio de 1950, os dois escritores têm já uma relação longa e grossa. Hesse começa por cantarolar umas banalidades (" na velhice temos mais amigos lá em baixo do que cá em cima"). Mais à frente, desejando longa vida ao amigo, admite o nervo: todas as perdas e todas as tristezas não nos marcam tanto como o nosso egoísmo. Temos fera. Hesse tem razão. Quando nos morre alguém, viramo-nos para o resto dos nossos cristais. Suponho que imaginarmos a perda de outros preciosos é um espasmo de auto-defesa. Há leões que antes de morrer ainda mordem raivosamente um galho seco. Ou o ar.
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