"Wassyla Tamzali compte parmi les signataires d’un Manifeste contre l’antisémitisme, l’islamophobie et la misogynie, et en faveur de la liberté de conscience."
Inteiramente de acordo com a francesa e com a inglesa. Complementam-se muito bem na apologia da (vera) liberdade que não aniquila quem como nós não pensa.
Desde o princípio que esperamos. Mesmo quando nos enganámos/enganamos. Talvez no fim (movente) da espera a vera liberdade não esteja lá. Mas houve a francesa, a inglesa e uma multidão minoritária que não deixou de esperar.
Sou um ZERO à esquerda a fazer previsões e, como dizia o outro, "prognósticos só no fim"... Mas, sem querer ser do contra,acho mesmo que a grande maioria dos muçulmanos a viver na Europa não pertence às fatias extremistas, radicais e/ou terroristas. São pessoas como as outras com crenças (absolutamente incompreensíveis para mim, que sou ateu, e na linha exacta do vaticanismo mariano ou da lamentação mural e suas variantes extremistas) diferentes das das maiorias dos países onde estão.
Sim, acho que no caso da tal hipotética sondagem talvez viesse a ter uma (boa) surpresa.
Aguardemos. As surpresas podem vir de todos os lados e o tempo histórico às vezes é tão curto...
(Flashback: uma pequena multidão em frente ao Patriarcado, com a ilustre presença do então Presidente da Câmara, mão ao alto, crucifixos ao alto, ódio nas línguas -só?-; estamos no longínquo ano de 1984, em Lisboa, por alturas da exibição de um filme (satânico?) de Jean-Luc Godart. Há muitos séculos...pois.)
Espero que nenhum amigo da iraniana tenha lido o seu flashback e a equivalência que , surpreendentemente, estabelece. Um dia falaremos sobre as quintas colunas.
Não há nenhuma equivalência no meu flashback. O dito só pretendia realçar que o mundo não é a preto e branco.
O que se passa com a iraniana não nos faz hesitar um segundo: é bárbaro na sua forma mais ousada e merece o nosso completo repúdio. Está ligado a correntes religiosas extremistas e totalitárias. Deveremos estar alerta.
Não podemos é confundir tudo. As populações muçulmanas são tão pacíficas ou violentas como todas as outras populações. Não há nada de especificamente "genético"... Basta viajar para constatar isso (Turquia, Egipto e Marrocos, por exemplo).
Sobre as quintas-colunas e seus estados maiores, às ordens. Temos (eu e o Filipe) o privilégio de não pertencer a qualquer delas.
É curios que estando eu no blogue há mais de sete anos, esse episódio godardiano é desenterrado sempre que um amuçulmana é espancada ou um escritor é ameaçado de morte ( ou atacado) . O problema não é o carácter das pessoas - não alivie para a bancada porque não precisa. A actual liderança política e simbólica do Islão é radical ( literal, para ser exacto).Claro que há vários Islão, recordo isso há anos ( nada pior que aqueles parolos que vão à TV misturar Marrocos com a Indonésia)e até aqui montei uma pequena antena islâmica, mas e depois? Se eu estiver no meio de mil pessoas e dez me cuspirem, de que me adianta saber que as outras 990 estão a ler o jornal?.
Esse "episódio godardiano é desenterrado" talvez por ser muito revelador de uma parte da realidade subcutânea. Que está muito próxima e é tudo menos alegre.
Mas adiante. Eu não acho que haja uma "actual liderança política e simbólica do Islão" que seja "radical ( literal, para ser exacto)."
Todos sabemos que mundo muçulmano é multifacetado e as intolerâncias são endógenas (o exemplo sunitas#xiitas é o mais flagrante –Iraque#Irão; mas não nos esqueçamos do triste vulcão adormecido –católicos#protestantes na Irlanda do Norte).
A evolução dos conflitos e do terrorismo é imprevisível. O que já se sabia, e não era preciso ser muito inteligente, é que a exportação de modelos, como a que foi arquitectada para o Iraque, foi um fracasso total (para mais com alicerces mentirosos). Ou na atoleiro afegão, pior ainda. Cereja em cima do bolo a questão da Palestina-Israel. Os extremismos dos dois lados impedem uma solução pacífica. Alguém duvida que os dois povos têm mesmo de partilhar territórios e até uma capital comum? Para quem já lá foi é mais do que óbvio. Mas para os pró-palestinianos dogmáticos e para os pró-israelitas dogmáticos não é assim. Quanto pior melhor. Não deixa de ser significativo que os atentados indiscriminados contra israelitas não têm ocorrido e a implantação de novos colonatos não tem parado.
Nesta mundialização e uniformização de tudo há quem não goste. Qual é o problema?
O problema está se essa parte do mundo muçulmano quiser impor o seu modo de pensar e de agir ao mundo. E existem dirigentes no Islão radical que o pensam e o praticam.
Das mais de seis biliões de pessoas a clara maioria não é muçulmana. Estamos cá para não deixarmos que ninguém nos cuspa, seja qual for a natureza e a religião dos cuspidores.
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