A aprovação (ou reprovação) no final de um ano lectivo não é apenas o corolário do que se passou durante o ano mas também o embrião do que será o ano seguinte. É como um exame de admissão para o ano que vem.
Por outras palavras, o facto de um aluno reprovar não quer apenas dizer que esse aluno não atingiu os mínimos para ultrapassar o ano que decorreu: quer também dizer que ele não atingiu os mínimos para ser admitido no ano seguinte. Simples como isto.
E deixar um aluno entrar no ano superior sem que ele tenha atingido esses mínimos, sem que ele deva ser admitido nesse ano, só o irá prejudicar a ele e a todos os seus colegas.
Por outra via, se não se exigem mínimos para transitar para os anos seguintes não se percebe bem a razão pela qual o Ministério da Educação não coloca nas crianças, logo à saída das maternidades, o diploma do 12º ano. Faria um vistão nas estatísticas.
Muito bem concluído. Não se percebe realmente porque havemos de levar 12 anos para concluir a escolaridade se já sabemos que a temos garantida. Julgo que seja assim que muitos alunos pensarão.
Afinal de contas, esta medida não só é uma injustiça para aqueles que se esforçam, como também uma ilusão para os que transitam sem, à partida, o merecerem.
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